Geovana Carvalho
Pequi, Ipê, árvores frutíferas, plantadas em meio ao braquiarão. Esta é uma proposta de estudos realizados pelo professor e zootecnista Bergson Chagas sobre Pecuária autossustentável.
O professor da Uema (Grajaú) desenvolve pesquisas para melhoramento das condições de solo e aumento da produtividade, tendo como principal foco a sustentabilidade de áreas destinadas à criação.
Bergson Chagas, em passagem por Imperatriz, explica que o ambiente necessita de equilíbrio. Plantar árvores típicas da região condiciona o solo e promove a melhoria na produtividade. Apesar de os estudos serem realizados em Grajaú, o professor garante que todo o Sul do Maranhão é campo de aplicação dos conhecimentos adquiridos na pesquisa, pois, segundo ele, não há condições de expansão de lavouras ou pastos sem a preocupação com a sustentabilidade.
Para ilustrar a linha de estudos, o professor fala dos resultados práticos que podem ser alcançados por produtores dispostos a fazer a experiência: “Coloque numa área - arborizada com espécies nativas e onde o pasto receba sombreamento natural, ou seja, das árvores - animais (bovinos ou bubalinos) com 5 ou 6 arrobas (vermifugados e vacinados) e em um espaço de tempo de até dois anos ele já estará com cerca de 17 arrobas. Após esse período, a área deverá passar por vazio sanitário de 4 meses”.
O professor admite que esse tipo de cultivo, em que a lucratividade se dá a médio e longo prazo, a princípio pode ser visto com desconfiança por parte dos produtores, no entanto o estudioso lembra que é papel da Academia promover discussões e que o trabalho de conscientização pode levar algum tempo, mas se faz necessário. “O equilíbrio ambiental favorece o bem estar do animal e a engorda é garantida”, conclui o professor.
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