Geovana Carvalho
Na última quarta-feira (3), o superintendente do Sistema de Regulação de Saúde do Município (SisReg), Irisnaldo Félix, anunciou a suspensão de procedimentos a pacientes oriundos de outros municípios.
O superintendente relata alguns números, os quais, conforme ele, justificam a medida: “São 800 cirurgias por mês [no Socorrão], 60% são eletivas e 40% de urgência. As consultas básicas pelo PSF (Programa Saúde da Família) são entre 40 e 50 mil por mês. [Consultas] especializadas são 6 mil por mês. Atendimentos de emergência são cerca de 17 mil”. Por mês, pelo PSF são atendidos 5% de pessoas de outros municípios. “Tem gente que vem de fora para ser atendido nos postos de saúde”, ressalta o superintendente, e complementa dizendo que, em relação ao Hospital Municipal, em torno de 60% dos atendimentos são feitos a pacientes de fora da cidade.
Ainda de acordo com informações de Irisnaldo Félix, consultas e cirurgias não mais acontecerão, a menos que sejam de competência “de Imperatriz” fazer.
O déficit do cofre municipal (com a saúde) varia de 1 milhão a 1,5 milhão de reais por mês. Devido a isso, Irisnaldo Félix alega que recursos do IPTU, ICMS e de outros impostos são aplicados na saúde para cobrir a diferença.
A tabela abaixo demonstra os gastos extras, ocorridos nos últimos anos, em percentuais, sobre os valores exigidos pela Emenda Constitucional 29 (a emenda define o percentual a ser gasto com a saúde).
Denúncia – Recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde tem recebido denúncias de que pessoas de outros municípios estão fazendo o cartão SUS como se fossem moradores de Imperatriz. “Há um trabalho de inteligência para bloquear essas ações”, afirma Irisnaldo Félix, confirmando que o Ministério Público será informado sobre o fato.
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