O superintendente da Defesa Civil, Francisco das Chagas Silva, o Chico do Planalto, acompanhado por técnicos do órgão, visitou, na semana passada, a central de operações da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE), em Estreito, a 125 km de Imperatriz. “Nós fomos conhecer o funcionamento da usina, pois desde o começo da obra tem influenciado o leito do rio Tocantins, seja durante o período invernoso ou de veraneio”, disse.
Chico do Planalto ressaltou que foram recebidos por dois técnicos [Isaac e Renan] do Consórcio Estreito Energia (Ceste). Eles mostraram vários detalhes técnicos da obra, inclusive o funcionamento das turbinas que geram energia. “Hoje sabemos quantas turbinas e comportas existem nesta usina hidrelétrica”, frisa.
O superintendente considerou louvável a visita técnica realizada na UHE. “Nós observamos a dimensão do lago que se formou, bem como o volume d’água que desce no rio Tocantins, pois temos consciência dos impactos que foram causados à sociedade, onde devemos buscar meios para realizar um monitoramento eficaz, evitando que o empreendimento volte a causar prejuízos à população devido a constante oscilação do nível do rio”, avaliou.
Para ele, esse problema também se repetirá durante o período de verão, podendo novamente prejudicar a diversão e o lazer de milhares de pessoas buscam as movimentadas praias do Cacau e do Meio, em Imperatriz. “Existem ainda as hidrelétricas de Serra da Mesa e Lajeado, que também influenciam nessa oscilação do nível do rio Tocantins”, acrescentou.
Chico do Planalto questionou os técnicos da UHE de Estreito sobre a cheia repentina ocorrida no começo deste ano no rio Tocantins que expulsou centenas de famílias, em Imperatriz. “Houve um erro técnico, pois faltou informações, inclusive para os técnicos do Ceste. Avaliamos que [eles] estão aprendendo com os erros durante o percurso de funcionamento do empreendimento. É algo novo”, disse.
Turbinas
Pelo menos cinco turbinas estão em funcionamento atualmente na UHE, em Estreito. A previsão é que mais três entrem em operação até o final deste ano. E existem pelo menos treze comportas. (Gil Carvalho-Comunicação)
Comentários