Não foi a primeira cobra encontrada no meio da rua

Hemerson Pinto

Não foi a primeira vez que a população residente na Rua Collor de Melo, vila João Castelo, região da Grande Cafeteria, notou a presença da cobra sucuri atravessando a rua tranquilamente. O animal, de aproximadamente quatro metros de comprimento, costumava se deslocar de uma lagoa para outra. Antes de completar o percurso, atacava e comia galinhas ou qualquer outro bicho que lhe despertasse o paladar.
Na tarde do último domingo, um grupo de crianças notou mais uma vez a cobra no meio da rua. Chamaram os adultos. Segundo pessoas que chegaram primeiro ao local onde a sucuri havia se enrolado e balançava a cabeça de um lado para outro, a cobra parecia ameaçar. Os moradores preferiram executar o animal a chamar o Corpo de Bombeiros.
“Quando cheguei, ela já estava morta. Disseram que estava valente aqui, ameaçando ‘voar’ numa criança dessas a qualquer instante. Mataram logo antes dela atacar alguém. Eu já tinha ouvido falar muito sobre esta sucuri. Não sabia que ela era grande assim. Sabia que ela comia o bicho que achasse no caminho”, conta Antônio Magalhães, morador do bairro.
Para o servidor público Adão Ramos, a cobra saía com frequência do ambiente natural porque teve seu espaço tomado por terra e entulho. “Fizeram aterros na obra do PAC em lagoas que existiam e serviam como ambiente para esses bichos, como essa sucuri, outras que a gente sabe que tem aí, jacarés e outros que a gente costuma ver por aqui, pelas ruas”, comenta.
Depois de eliminar a cobra, os moradores discutiam uma maneira de livrar-se do corpo do animal. Se não fosse enterrado, seria jogado em um matagal próximo à rua onde o caso aconteceu.