Eduardo Pinto alerta os trabalhadores de perseguição do patronato

Domingos Cezar

Diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Maranhão, Pará e Tocantins - STEFEM estiveram, durante toda a semana, reunindo-se com ferroviários nos pátios da VLI de Porto Nacional (TO), Colinas do Tocantins (TO), Porto Franco (MA) e Imperatriz (MA), estes dois últimos na sexta-feira (4).
Acompanhados dos delegados da base de Imperatriz, Joabson Costa Morais e José Ferreira Gomes (Zeca), o diretor de Finanças, Eduardo Pinto, e o diretor de Formação Sindical, Novarck Oliveira, discutiram com os funcionários da Valor da Logística Integradas - VLI, a proposta da empresa com vistas ao Acordo Coletivo de Trabalho - ACT.
Ao abrir a assembleia em Imperatriz, Novarck Oliveira afirmou que foram feitas anteriormente quatro rodadas de negociação, quando a VLI colocou ser a sua última proposta. "Portanto, aqui estamos para avaliar a proposta da empresa e decidirmos através do voto se aceitamos ou não a proposta que nos foi colocada".
O sindicalista detalhou, então, que a proposta discutiu jornada de trabalho, gratificação de horas extras, viagens rotineiras, deslocamentos, atestado médico, reembolso educação, piso salarial, reajuste, entre outros itens. O teor da proposta da VLI foi bem assimilado pelos ferroviários presentes às assembleias, os quais colocaram nas urnas a sua posição.    
Alerta - Eduardo Pinto observou que num período de seis meses a diretoria do STEFEM analisou o conjunto de cláusulas, "no sentido de oferecer o que de fato nós merecemos". De acordo com o sindicalista, várias empresas brasileiras estão passando por uma crise financeira, "mas não é o caso da VLI, que só fala em crise quando vamos negociar o ACT".
O sindicalista afirmou que o país foi vítima de um golpe, e para ele, quem mais foi penalizada por esse golpe foi a classe trabalhadora. "Existe um acordo entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) com o objetivo de detonar com os trabalhadores, razão porque levam as empresas a fazerem o que bem querem com a classe trabalhadora", alertou.
Eduardo Pinto enumerou entre itens que prejudicam os trabalhadores, a prescrição quinquenal (FGTS), permissão para contratação de organizações sociais nas instituições, PDV (Programa de Demissão Voluntária) e PDI (Programa de Demissão Individual), e a precarização da Justiça do Trabalho visando enfraquecer a luta dos trabalhadores.