O primeiro dia de paralisação dos trabalhadores da educação de Imperatriz foi vitorioso. Cerca de 60% das escolas aderiram integralmente ao movimento e a minoria teve adesão parcial. Pela manhã, os professores fizeram caminhada pelos órgãos públicos e à tarde participaram de palestra com o Delegado do Trabalho de Imperatriz Luis Fernando Pinto. Eles defendem a aplicação imediata da lei federal que define 1/3 de carga horária para atividades de planejamento.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Imperatriz (Steei ), professor Wilas Moraes, o movimento está sendo um sucesso, com a participação ativa de grande maioria da categoria. Para ele, esta foi a maneira encontrada para que os direitos dos professores sejam respeitados. “Infelizmente tivemos que fazer essa paralisação de advertência. Tentamos uma saída negociada com a prefeitura desde janeiro do ano passado, portanto há mais de um ano, mas o prefeito insiste em desrespeitar o que manda a lei”, explicou.
A Lei nº 11.738, de 16/7/2008, também conhecida como Lei do Piso, determina, entre outras coisas, que a carga horária de trabalho dos professores deve ser de 2/3 em sala de aula e 1/3 para atividades extraclasse, como planejamento, pesquisa e formação. Diz a Lei do Piso que “na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos” (art.2º, parag. 4º).
Vereadores
Pela primeira vez na história o movimento dos trabalhadores da educação de Imperatriz teve o apoio integral de quatro vereadores. Carlos Hermes (PCdoB), Marco Aurélio (PCdoB), Rildo Amaral (PDT) e Aurélio Gomes (PT) levaram seu apoio ao movimento e participaram da caminhada pelos órgãos públicos e estão tentando fazer a mediação com a prefeitura para por fim à paralisação.
Nesta terça os trabalhadores fazem o segundo dia de paralisação com ato público pela manhã e palestra à tarde na sede do sindicato. “Nosso movimento é vitorioso e recebe novas adesões a todo momento. Essa está sendo uma advertência dos trabalhadores da educação para que o prefeito cumpra a Lei. Após a paralisação vamos aguardar um posicionamento do prefeito e avaliar com a categoria quais os próximos passos do movimento que já é vitorioso”, concluiu Wilas Moraes. (Assessoria)
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