Por Raimundo Primeiro

Celebra-se hoje, 9 de janeiro (quarta-feira), o Dia do Astronauta. A data surgiu em lembrança a Missão Centenário, um feito extraordinário da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ano: 2006. Também visa destacar a importância da viagem que Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir ao espaço, fez a Estação Especial Internacional (ISS), um marco histórico para o meio científico do país.

De lá para cá, muita coisa mudou, obviamente. Entretanto, o reconhecimento efetivo da relevância do papel desempenhado pelo astronauta brasileiro aconteceu por meio da ida dele para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), reafirmando a política de valorização do talento brasileiro por parte do presidente Jair Bolsonaro. 

Tudo mudou desde aquele 1961 quando o astronauta russo Yury Gagarin entrou para a história ao pronunciar enfaticamente a frase “a terra é azul”. Um marco fundamental em relação à exploração do espaço. Um avançar superespecial para a astronomia.

Desde pequeno, Marcos Pontes sonhava – e sonhava alto. Queria ir ao espaço. Para tanto, começou a percorrer caminhos, romper adversidades. Só assim, poderia tornar suas aspirações realidades. Ele entrou para o Curso de Engenharia Aeronáutica. Era, pois, o princípio da longa jornada ainda a ser percorrida. Do suor que teria de derramar para tornar possível sua meta de ir ao espaço. 

Marcos Pontes quebrou preconceitos e, desta forma, conquistou posições, indo até ao espaço, seu maior (e inarredável) desejo. Foi pertinaz, não amealhou forças, gastou energias, chegou lá.

Aproveito para trazer a baila trecho do pronunciamento feito pelo ministro Marcos Pontes, no momento de sua posse no Ministério da Ciência e Tecnologia, em Brasília (DF), quando ele assevera que “cada um de nós pode ser um tipo de herói para mudar o destino do nosso país, com excelência do seu trabalho, no dia a dia. O que faz um herói é o espírito de guerreiro”.

Marcos Pontes teve, sim, de sonhar; sonhar, mas, sobretudo, não parar de atuar, estudando, planejando, “correndo atrás” de sua meta maior: chegar ao espaço, fazer história.

Do menino sonhador, um conquistador; um homem que conseguiu cravar seu nome lá no alto; ao fazer isso, ele confirmou ser o brasileiro também capaz e, com competência, de conquistar grandes desafios. Ir a lugares até então inexplorados ante aos desafios que terá de enfrentar durante a sua trajetória.

Marcos Pontes sonhou, sim, mas com os pés no chão. Firme, pode continuar seu sonho: se tornar astronauta e conquistar o espaço. Um passo tão importante, principalmente para nós, lembrando que o homem esteve pela primeira na lua, em 1969. Não estamos muito atrás, portanto, lá na “lanterna”.

Formado em Engenharia Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Marcos Pontes rumou em direção a sua meta de ir ao espaço, de levar o nome do Brasil além da terra. E conseguiu!

Para que mais brasileiros alcancem seus objetivos, será necessário haver mais investimentos em educação. No âmbito das pesquisas, que os investimentos também sejam igualmente significativos. 

Vale ressaltar ser o mundo pequeno quando sonhamos grande. E, claro, quando não cessamos nossos sonhos. Parabéns, pesquisadores brasileiros!

Raimundo Primeiro, jornalista, pesquisador. Cronista do cotidiano.