Raimundo Primeiro
No livro “O beijo na realidade – caia na real e realize-se!”, o palestrante José Luiz Tejon traz à baila exemplos que mostram ser possível conciliar coisas que parecem inconciliáveis, como realidade e sonho. “Desde que cada um beije a sua realidade e busque as soluções mais adequadas ao momento que está vivendo”.
Sem medo de incorrer em erros, posso afirmar, até em tom categórico, que muitos dos leitores já passaram por momentos angustiantes diante da realidade que tiveram de enfrentar, ou seja, pareciam que estavam vivendo um grande dilema, sem que perspectivas vislumbrassem no horizonte cada vez mais turbulento. Um negro manto mesmo. Sensação estranha, sem dúvida, pode acreditar.
Mas, como afirma Tejon, “a aceitação da realidade, por pior que seja, faz com que a pessoa passe a ver o que antes não enxergava e, a partir disso, converta fraquezas em forças”. Ainda sobre o assunto, acrescenta o autor, que, “com esse poder, utiliza as novas forças para criar e executar as mudanças necessárias em sua vida”.
Tejon conta, a propósito, que teve uma funcionária assim. Que tomava um choque de realidade atrás do outro, mas não se tocava. “Essa moça passou rapidamente por todo tipo de doutrina, seita e religião que se conhece, não porque estivesse em busca de um entendimento, mas por desejar uma salvação milagrosa. Em vez de melhorar sua vida, porém, ela foi piorando. Não parava em nenhum emprego, não namorava, não tinha verdadeiros amigos”.
Eu, inclusive aqui em Imperatriz, já observei muitas pessoas assim. Diante de um “mar” de incertezas. Ao mesmo tempo, confusas. Colaboradores de empresas ocupando cargos e funções que não condizem com o que buscam profissionalmente falando. O rendimento das atividades não corresponde com as expectativas. Deles mesmo, pasme! Incontestável realidade.
Pois é. As pessoas tomam choque, mas não estão nem aí, ignoram os acontecimentos, os fatos ocorridos a sua volta, inertes. Parece que não encontram soluções. Pelo menos, essa é a primeira impressão que se tem, que fica. A vida da funcionária de Tejon, por exemplo, era desgraça em cima de desgraça. A realidade evidenciava seus erros e ilusões, mas ela não conseguia interpretar os fatos, tão intensa era a energia que empregava para a sua ilusão. Sempre em busca de soluções externas para sua vida, de milagres que lhe trouxessem a tão desejada felicidade, tornou-se uma pessoa cada vez mais negligente.
“No trabalho, era medíocre. No conhecimento, superficial. Com a vida, leviana. Bem, conheço essa moça há vinte anos e sei que ela continua igual. É um ótimo ser humano, sensível, de boa índole. Com suas atitudes, acredita estar assumindo a responsabilidade pela resolução de seus problemas, porém, de tanto se iludir, já não consegue mais perceber a realidade”, lembra o especialista.
Sou do ponto de vista que, aprendendo, mesmo que experiências nunca pensadas, o ser humano necessita repensar, no mínimo, trabalhando em mudanças. Mesmo que elas sejam radicais. Caso contrário, de nada valeram as buscas, o tempo dedicado aos novos conhecimentos.
Desistir, jamais! A pessoa tem de ir fundo. Arriscando-se no sentido salutar, construtivo, da palavra. Destinar dedicação máxima as decisões tomadas, não se deixando abater pelos percalços (e são muitos), pelas adversidades eventualmente surgidas durante a jornada em direção a conquista de novos e futuros objetivos. Lembre-se do que afirma Ralph Waldo Emerson: “A confiança em si mesmo é o primeiro segredo do sucesso”, afinal de contas “a vida pode e deve ser uma alegria sem limites” (Leon Tolstoi).
Até a sábado que vem e uma excelente semana!
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