Hemerson Pinto
Apenas algumas vozes ouvidas de longe, como zumbidos e até capazes de assustar, mas é somente o silêncio dos corredores do Palácio Dorgival Pinheiro de Sousa. Dezoito gabinetes de portas trancadas e três abertas para quase ninguém. A sala da presidência com pouco movimento, assim como o setor administrativo. No estacionamento, poucos veículos.
As vozes ouvidas nos corredores vinham dos gabinetes onde alguns assessores batiam papo. Em um dos gabinetes encontramos um pastor evangélico, que não estava ali para oração nem para convidar para o culto, mas para procurar soluções para a comunidade onde mora.
Mas procurar soluções a quem, se os vereadores ainda estão de recesso e os trabalhos na Câmara recomeçam no próximo dia 3? Segundo o pastor João Silva, percorrer os corredores da ‘Casa de Leis’ em período de recesso pode ser proveitoso. “Alguns vereadores comparecem, pois marcaram horários com algum amigo, com algum líder comunitário, e aí é o momento da gente aproveitar e apresentar nossas demandas”, afirma.
João é pastor e liderança comunitária no povoado Jiboia, distante aproximadamente 28km da sede do município. “Também atendo a povoados como as vilas Conceição I e II, região da Lagoa Verde, e temos muitas demandas, por isso não dá para esperar os vereadores retomarem aos trabalhos. Venho aqui sem compromisso marcado e muitas vezes dá certo”, diz o homem, que carrega uma mochila cheia de reclamações de setores como saúde, educação e infraestrutura, o que falta no povoado.
Quando a Câmara reabrir, em fevereiro, a expectativa é que o cenário ‘fantasma’ do palácio localizado no centro da cidade dê espaço ao vai e vem de vereadores, assessores, jornalistas, funcionários da casa, líderes comunitários, estudantes, pedintes e por que não, os nossos famosos e observadores ‘críticos’ e críticos da política imperatrizense.
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