Hemerson Pinto
“Aprovado, aprovado, aprovado!”. Foi o som ouvido na manhã de ontem na Câmara de Vereadores de Imperatriz. Durante aproximadamente os 12 minutos que durou a sessão, os professores da rede municipal de ensino promoveram um apitaço dentro da ‘Casa de Leis’, seguido do grito de ‘aprovado’. Não era elogio a nenhum projeto ou discurso dos vereadores. Era um protesto.
Na pauta haviam dois projetos com o objetivo de oferecer a duas pessoas o título de Cidadão Imperatrizense, e três indicações, que foram aprovadas pela casa sob o barulho promovido pelos educadores.
Duas indicações tratavam sobre sinalização de ruas nos bairros Bacuri e Mercadinho. Nem mesmo os dois agentes da Secretaria Municipal de Trânsito que compareceram à galeria não conseguiram saber se as indicações foram aprovadas, mas os vereadores aprovaram todas as indicações apresentadas na última sessão da semana.
Nenhum dos legisladores arriscou se inscrever para usar a Tribuna Freitas Filho, como é de costume. Nem mesmo os de oposição. Após a sessão, uma das ais rápidas do ano, um dos vereadores da oposição conversou com nossa reportagem.
“Os professores estão há mais de 120 dias de greve e o Município não resolve a questão, e os vereadores de Imperatriz perderam a moral. É uma greve onde os vereadores não conseguem mais se posicionar. Acredito que se os vereadores da base se unissem com a oposição a greve acabaria”, declarou o vereador Aurélio Gomes.
O apitaço do grupo formado por aproximadamente 20 professores fez a sessão encerrar antes do previsto e continuou na frente da Câmara, com auxilio de musica e carro de som.
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