Pais e equipe médica no embarque do menino Nicolas Davi Moraes

O menino Nicolas Davi Moraes Martins, de quatro meses e portador de cardiopatia congênita, foi transferido na manhã dessa quarta-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para o leito 19 da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo. Ele estava no Hospital Materno Infantil desde o dia 18 de abril aguardando a disponibilização de vaga em hospital de referência indicado pelo Ministério da Saúde.
O assessor especial da Secretaria de Estado da Saúde, Egídio Carvalho Ribeiro, explicou que a SES estava há três meses solicitando à Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade (CNRAC), por meio do Ministério da Saúde (MS), vaga em hospitais de outros estados. “O HCor mantém uma parceria com o Ministério da Saúde para tratamento de cardiopatias congênitas e a SES está garantindo a transferência para que ele seja avaliado e tratado em São Paulo”, informou.
A transferência foi feita em UTI aérea contratada pela SES, por volta das 9h. Os pais Clistenes Gomes Martins e Antonia Francisca Moraes Martins acompanharam o transporte do único filho do casal. Muito emocionado, Clistenes agradeceu a Deus e toda a equipe da SES pelo empenho na transferência. “Estou mais tranquilo e aliviado porque a parte mais difícil passou. Ele está alegre e sorridente. Tenho certeza que dará tudo certo”, declarou.
A tia do pequeno Nicolas Martins, Carlene Moraes, e a coordenadora do Departamento Estadual de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), Natalie Fiquene, também acompanharam o embarque, no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado. “Depois de um espera tão longa, onde já pensávamos até em fazer mobilização em todo o estado, tivemos a excelente noticia de que havia um leito disponível em São Paulo. É uma benção de Deus”, afirmou Carlene Moraes.
A cardiopatia congênita é uma doença do coração, uma anomalia de nascença que se caracteriza por erro na formação do coração. O coração tem quatro cavidades e de cada uma sai uma grande artéria indo uma ao pulmão e outra, ao resto do corpo. No caso de cardiopatia congênita que apresente transposição, as artérias são trocadas de lugar. De acordo com o tipo de cardiopatia congênita, pode haver necessidade de operação imediata. (Concita Torres)