Dema de Oliveira
“Lutamos por uma política de recomposição salarial. Temos que pressionar o governo e mostrar que somos fortes e estamos mobilizados. Sem isso, não vamos chegar a lugar nenhum”.
Esse alerta foi feito pelos servidores da Unidade Avançada do Incra em Imperatriz, em greve de advertência realizada nessa quarta-feira (25), na sede da entidade, localizada no bairro São Salvador.
Além do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA), os funcionários do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) também participaram do movimento paredista, que se estendeu a outros órgãos federais. Em Imperatriz, funcionários dos Correios e Universidade Federal do Maranhão (UFMA) também pararam.
Caso as reivindicações não sejam atendidas, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Maranhão (SINDSEP-MA) realizará assembleia para deliberar sobre uma paralisação por tempo indeterminado, que iniciaria dia 7 de maio.
A principal reivindicação é quanto à defasagem salarial, como também melhores condições de trabalho. Em Imperatriz, especificamente, uma das reivindicações é quanto ao número de funcionários, que é muito reduzido na Unidade Avançada, com apenas 41 servidores. Segundo o comando de greve em Imperatriz, se o número desses servidores não for aumentado, dentro de 3 a 4 anos, terão apenas 9 funcionários em Imperatriz, já que a maioria, a partir dos próximos quatro anos, já estarão em processo de aposentadoria.
Mesmo com o número de servidores reduzido, aumentou o número de assentamentos na área da Unidade Avançada do Incra em Imperatriz. Passou de 117 para 138 assentamentos com atendimento para 9 mil famílias. O motivo do número reduzido de funcionários no Incra de Imperatriz é porque quem passa em concurso só que ir para São Luís. Outro fato importante para que o número de funcionários do Incra em Imperatriz esteja reduzido é que muitos servidores, em função do salário também defasado, fazem outros concursos e vão para o órgão que paga melhor.
Vale lembrar que, nos últimos anos, o Incra realizou três concursos. É verdade que o número de vagas disponibilizadas foi muito reduzido, insuficiente para suprir a gigantesca demanda do órgão. Entretanto, nem essas poucas vagas hoje se encontram preenchidas. Dos dois primeiros concursos realizados, cerca de 30% dos servidores já pediram exoneração. Do último concurso, realizado em 2010, cuja homologação aconteceu há poucos meses, apenas 51% dos profissionais convocados assumiram.
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