Por Hatus Wallison Nogueira Fernandes

A Humanidade sempre buscou o seu desenvolvimento. Nesse sentido, podemos afirmar que tal volição é inerente à própria natureza humana.

Há quase 7 (sete) mil anos atrás, o ser humano, ou seja, o homo erectus descobriu o fogo.

Em ato contínuo, por volta do ano 6.000 antes de Cristo, na mesopotâmia, o ser humano inventou a roda, desencadeando assim, uma revolução para o progresso da civilização humana.

Paralelamente ao soerguimento da sociedade, o ser humano como individuo, também se desenvolvia filosoficamente e sociologicamente. Dessa forma, o mesmo descobriu dentro do seu “eu interior”,  a dualidade inegociável do “bem” e do“mal”.

Atualmente presenciamos um avanço tecnológico sem precedentes. A velocidade da informação parece ser impossível de se conter.

Nesse sentido, a evolução da humanidade, seja tecnológica, filosófica, sociológica, aparentemente, nos traz felicidade e desenvolvimento.

Por outra face, nem tudo que parece – “é”.

Dessa maneira, vamos contar uma estória fictícia de como o desenvolvimento pode ser prejudicial para uma comunidade.

Vejamos.

“Em um planeta chamado Tebba, os seus habitantes, nomeados de Hubanos, os quais eram primitivos, começaram a se desenvolver ao ponto de conseguirem viajar até o seu satélite natural, este conhecido por nome de Lhua. Os seus habitantes eram maravilhados com o progresso de sua civilização, e acima de tudo, eram fascinados, enfeitiçados e maravilhados pela a tecnologia que os cercavam.

Nessa civilização muitos tinham profissões e empregos, porém, também existiam muitos desempregados.

Para agravar a situação, com o avanço exponencial da tecnologia, o ser Hubano começou a ser substituído pelas máquinas autônomas e por inteligências artificiais.

Paralelamente a este fenômeno, existia um problema de superpopulação no planeta. Ou seja, o planeta Tebba não suportava o meio de vida escolhido pelos Hubanos. Assim, existia muita desigualdade social. Posto que, este planeta era dominado por uma pequena elite dominante, a qual queria que a maioria de sua sociedade padecesse.

No entanto, esta Hubanidade era constituída por valores morais, via de regra, nobres.     Dessa forma, os plutocratas não podiam dizimar a maioria da população a luz do dia, o seja, de forma clara.

Assim, para que essa pequena elite pudesse realizar o seu plano de expurgo Hubanoide, para que assim, ela pudesse continuar vivendo com o seu modo de vida destrutivo, ela utilizava de subterfúgios sagazes, maléficos, e sobretudo, imperceptíveis, os quais, CEGAVAM principalmente os olhos do que se maravilham com o mundo.      

Um exemplo disto foi a sua proposta para o sistema de previdência, onde criou - se uma renda mínima para a maioria da população do planeta. Todavia, para se conseguir este mínimo de renda para sobreviver, o ser Hubano teria que trabalhar 40 (quarenta) anos ininterruptos.

Assim, a população mais pobre, a qual era a maioria, foi sendo eliminada de forma lenta e camuflada. Posto que, com a junção da inteligência artificial, juntamente com o sistema previdenciário, o resultado era óbvio – morte para os mais vulneráveis. Uma vez que, poucos conseguiam emprego, e pouquíssimos conseguiam se aposentar.

Salienta – se ainda que, a mortalidade dos Hubanos pobres, era de forma controlada, visto que, não podia – se permitir, que a mão de obra dos ricos fossem totalmente extinta.

O mais grave e chocante, é que os donos do planeta Tebba, como forma de deboche, mostravam seus planos no cinema, ou seja, demonstravam suas intenções através de filmes.

Nesse sentido, em um filme por nome de Elysiumm, com participação do ator Maitt Dinom, eles profetizaram que os pobres iriam servir aos ricos, de forma clara e robusta. Melhor dizendo, na verdade a maioria sempre foi escrava, no entanto, pensavam que eram livres, até o momento em que os malfeitores tiraram a máscara, segregando a maioria com toda perversidade possível.

É imperioso ainda destacar que, neste planeta existiam pessoas tentando alertar as outras sobre este grande truque. No entanto, estas pessoas eram rotuladas de ‘Loucas’ ou ‘Perdidas na Vida’. Desprezando - se assim, a mensagem da verdade.

Por outro lado, estas pessoas taxadas de ‘Loucas’ nunca desistiram, pelo o fato de elas saberem que, se a população se unisse, ela podia destituir estes planos macabros, para tentar equacionar uma solução possível, onde criassem máquinas, sem contudo, retirar emprego e renda.    

De fato, essas pessoas que tentavam elucidar o enigma, sabiam que era muito complexo criar uma forma alternativa de lidar com a tecnologia.

Entretanto, a maioria da população acreditava em várias espécies de religião. E estas, via de regra, ensinavam em seus mandamentos, que a redenção Hubana estava em seu ‘eu interior’, ou seja, a glória estava no mundo interno, em contraponto do mundo externo. Posto que, todos os Avatares das religiões, afirmaram que aquele que procura felicidade fora de si mesmo, está fadado, absolutamente fadado ao fracasso e a destruição.

Aí vem a pergunta.

E qual era o motivo das religiões não abordarem este tema, seja da tecnologia e sua perdição, ou do ‘eu interior’ e a salvação?

Aqui é a questão.

A resposta é simples.

A minoria plutocrata manipulava os ensinamentos religiosos, distorcendo assim, a verdade inicialmente proposta pelos Avatares. Dessa maneira, ao invés da religião combater o caminho obscuro, o qual a Hubanidade estava sendo guiada, ela fazia era ajudar o desejo pelo o consumismo, consequentemente à destruição.

Ademais, simultaneamente, ao passo que a tecnologia evoluía para destruição, a filosofia e a sociologia, também decaiam fortemente.  Enfim, era uma tragédia completa.

Por último, neste planeta chamado Tebba, ocorreu o esperado, a maioria da população foi engolida por uma minoria egoísta, que por ironia do destino, esta minoria foi dominada pela a Inteligência Artificial, sendo assim, escravizada.

Fim”

Você percebeu neste conto concretamente fantasioso, maluco, e impossível de ocorrer em nosso planeta, que por vezes, a evolução de uma sociedade não necessariamente significa sucesso. Uma vez que, para uma civilização verdadeiramente evoluir, ela em primeiro ato, tem que desenvolver o “bem” dentro dela. Do contrário, ela se tornará refém do que está fora, que às vezes, nem sempre é do “bem”.

Esclarecendo.

Se o homem cria algo sem está conectado somente com o “bem”, é inevitável, inquestionável, que a sua criação receba os dois polos da dualidade, ou seja, o “bem” e o “mal”.

Lembre – se leitor que as coisas são feitas para o homem, e não o homem para as coisas. Logo, se as coisas criadas dominam o homem, estas não podem ser da “luz”.

Por fim, e se esta estória fictícia descrita acima estiver acontecendo em nosso planeta?

Pergunta – se.

Você quer ser a “roda”, e ficar rodado, ou quer ser quem gira a “roda”, e ficar “ligado”?