Hemerson Pinto
Uma das épocas do ano mais importantes para a igreja católica, a Semana Santa, que vai do Domingo de Ramos (este ano, 29 de março) até o Domingo de Páscoa, também movimenta o comércio. Se por um lado as paróquias conseguem envolver todos os fiéis na intensa programação com missas, vigílias, procissões, apresentações teatrais, mutirão de confissões, entre outras atividades, por outro os comerciantes se preparam com os produtos mais procurados nesse período.
O peixe, por exemplo, não fica de fora. Os comerciantes que vivem da venda do pescado já reforçam pedidos juntos aos seus fornecedores para não deixar faltar o produto na mesa do consumidor. Existe uma tradição entre os católicos de não comer carne vermelha nesse período. Na verdade, a começar pela Quaresma – são os 40 dias antes da Sexta-Feira Santa – algumas pessoas evitam a carne vermelha em todas as sextas-feiras desse período.
Além do peixe, sem deixar de falar dos mariscos, itens como azeites, frutas, castanhas e chocolates podem ser vistos em maior quantidade nas prateleiras de supermercados e grandes mercearias. O ovo da Páscoa há quase 1 mês já estava à venda, apesar de a procura ser maior entre a quinta-feira e o Domingo de Páscoa.
Receitas que trazem o camarão e o bacalhau como ingredientes principais (tortas, bolinhos) são aguardadas principalmente na Sexta-Feira Santa. Tem gente que aposta, por exemplo, na feijoada de frutos do mar, uma receita da Bahia, mas que aos poucos ganha as mesas de outras regiões do país onde a feijoada é um prato bem-vindo. A receita leva feijão branco, peixe e mariscos, que podem ser substituídos a gosto. É simples e leva em média 20 minutos para ficar pronta.
Massas para bolo, sardinha enlatada como ingrediente de alguns pratos, macarrão, são produtos utilizados em algumas receitas.
Programação – Se no comércio alguns setores são aquecidos com a venda de itens comercializados nesse período, as igrejas também ficam mais movimentadas. Em Imperatriz, desde o início da Quaresma, algumas paróquias já realizam programações diferenciadas, como as missas nas primeiras horas da manhã e a via sacra, onde os fiéis acompanham em oração dentro de suas próprias comunidades os passos de Jesus até o calvário (cenas ilustradas pelos quadros que representam as estações – principais cenas antes da crucificação).
No Domingo de Ramos, as paróquias realizaram as procissões com os ramos, relembrando a entrada de Jesus em Jerusalém. O mutirão de confissões segue até esta terça-feira. Na quinta-feira, a Diocese realiza as missas do lava pés, lembrando o gesto de Jesus: lavar os pés dos discípulos na Santa Ceia. Na Sexta-Feira, vários grupos realizam pelas ruas a dramatização da prisão, morte e ressurreição de Cristo e se preparam para as missas no Sábado de Aleluia e para as missas do Domingo de Páscoa.
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