O Maranhão conseguiu tirar da pobreza extrema 2,3 milhões de pessoas, entre 2011 e 2014. Além disso, houve redução de 20% para 8% no número da população abaixo da linha da pobreza. Os resultados positivos são um dos pontos que estão sendo contabilizados, neste fim de ano, pelo secretário de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho. 

Relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) confirma que o Maranhão foi um dos estados que mais contribuiu para tirar o Brasil do "Mapa Mundial da Fome". O documento foi divulgado no mês de outubro, em Roma, na Itália.
"O governo realizou um esforço conjunto para alcançar esses resultados e é gratificante obter esse reconhecimento. Ainda há muito a ser feito, mas ficamos felizes por termos contribuído para um Maranhão melhor no futuro", afirmou Fialho.
O avanço, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), elevou o Maranhão à posição de destaque entre os estados que mais reduziram a pobreza no país. O secretário destacou que os resultados são consequência da aplicação de um conjunto de ações voltadas ao setor.
Fialho informou que o governo investiu no fortalecimento da agricultura familiar e fez chegar a todas as regiões do estado as diversas políticas sociais do Plano Brasil Sem Miséria, que tem como mote o combate à fome e a redução da pobreza extrema no país. As mais de 100 ações executadas levaram a FAO a destacar o Brasil como exemplo mundial no combate à miséria, tendo o Maranhão papel significativo para o alcance dessa meta.
O secretário ressaltou que as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado levaram o Maranhão a alcançar indicadores muito positivos na área. A adesão de 82 municípios ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), de acordo com Fialho, foi um fator diferencial para o desenvolvimento da agricultura familiar e para a inclusão social, produtiva e creditícia do homem do campo, contribuindo para uma bem articulada cadeia de produção em que há benefícios para todos. 
Com a implantação do PAA e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o estado garantiu aos produtores a certeza de ter mercado consumidor. É que parte das hortaliças compradas para o preparo da merenda escolar deve ser adquirida direto da agricultura familiar. 
Paralelo às políticas estruturais de combate à extrema pobreza e à fome, foram desenvolvidas ações para dar suporte às estratégias que visam à redução do problema no Estado. Entre elas destaca-se a Assistência Técnica e de Extensão Rural (ATER), serviço prestado por agentes capacitados pela Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp) que auxiliam agricultores familiares para que melhorem suas atividades produtivas.
A assistência técnica deu um grande salto no Maranhão. De maio de 2011 a julho deste ano, 25.340 famílias de agricultores familiares, em 81 municípios maranhenses, tiveram acesso aos serviços. Esse mesmo público também tem acesso ao Programa de Apoio à Conservação Ambiental, mais conhecido como Bolsa Verde, que contribui para erradicar a extrema pobreza ao mesmo tempo em que incentiva a conservação do meio ambiente. 
De outubro de 2011 a julho deste ano, o Bolsa Verde, que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, beneficiou 1.766 famílias maranhenses, em 38 municípios. As famílias beneficiadas se comprometem a fazer uso sustentável dos recursos naturais dessas áreas.
A qualificação facilitou a inclusão dos beneficiários em vagas de emprego no mercado formal. No Maranhão, a ação é desenvolvida por meio do Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho) e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Brasil Sem Miséria). Em 2012, os repasses do Acessuas Trabalho somaram R$ 2.790.771,40 para 12 municípios maranhenses. Em 2013, foram aplicados 4.863.078,00 para 28 municípios.
Já o Pronatec Brasil Sem Miséria, que oferta gratuitamente cursos de qualificação profissional a pessoas com mais de 16 anos de idade, prioritariamente às que estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), beneficiou a 62.805 maranhenses, em 132 municípios, de janeiro de 2012 a julho deste ano. São mais de 500 opções de cursos em áreas como construção civil, hotelaria, comércio, serviços, bares e restaurantes, cuidador de idoso, operador de computador, eletricista, auxiliar administrativo, entre outras. O Governo do Estado é o interlocutor do Pronatec BSM, no âmbito de seu território. (SECOM)