Ao iniciar seu pronunciamento, o titular da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Sepluma), Enéas Nunes Rocha, justificou seu atraso, garantindo que estava tratando de questões concernentes ao planejamento urbano da cidade. Enéas Rocha disse que a complexidade e a demanda do órgão que dirige não permitem que cuide das duas ocupações. “É preciso uma reforma administrativa para que se possa dar atenção exclusiva às questões ambientais”, sugeriu.
O secretário declarou que isso não é uma justificativa, “mas uma necessidade desta cidade que cresce e se desenvolve, mas que precisa de um planejamento urbano urgente”, afirma Enéas, complementando, que “é isso que a administração Madeira está fazendo”. Para Enéas Rocha, uma cidade cortada por cinco riachos, com alguns afluentes, não poderia deixar de ter os seus problemas ambientais, mas ressaltou que o prefeito Sebastião Madeira tem tido preocupação com essa causa.
Enéas Rocha observou que a maioria das casas não possui fossa séptica, razão porque riachos como Bacuri, Capivara e Riacho do Meio são utilizados como condutores de dejetos, o que certamente vem contribuir com a poluição do rio Tocantins. O titular da Sepluma afirmou que o prefeito tem demonstrado preocupação com o saneamento básico da cidade e que seu trabalho atual é municiar o Governo Federal com documentos que viabilizem esses serviços e a construção de 7 mil casas destinadas à população carente.
O líder do governo na Câmara Municipal, vereador Joel Costa, que já foi engenheiro da Caema, garantiu que a cidade não possui um sistema integrado de drenagem, mas apenas drenagens isoladas em determinados setores. “O esgotamento sanitário é outro grande problema, mas a prefeitura sozinha não tem condições econômicas para realizar obras desse porte”, justificou.
Para Joel Costa, as redes de galerias não suportam a elevada quantidade de lixo jogado na rua por uma boa parte da população, que entopem as bocas de lobos causando alagamento na cidade. Lembrou que no primeiro PAC foram destinados R$ 100 milhões para obras de saneamento básico, mas estes recursos foram desviados para São Luís e Caxias. Costa criticou a ausência de representantes da Caema na audiência, ressaltando que “esta Companhia é a maior responsável pela poluição do rio Tocantins e dos riachos que cortam a cidade”, concluiu. (D.C.)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14360
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