O uso abusivo de álcool e drogas consiste numa problemática presente nas diversas partes do mundo. Em Imperatriz, para tentar conter a ocorrência de casos, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) mantém, no bairro Jardim São Luís, um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD), que é coordenado pelo Especialista em Gestão Pública e Saúde Mental, Fábio Nascimento Silva.
O Caps-AD funciona das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, tendo, diariamente, um profissional técnico de plantão para acolhimento dos usuários. Nesses serviços são desenvolvidas atividades como atendimento individual, atendimento em grupo, oficina terapêutica e visita domiciliar. Além disso, oferece condições para a desintoxicação ambulatorial de pacientes que necessitem desse tipo de cuidado e que não demandem por atenção clínica hospitalar.
O acompanhamento clínico, a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, o lazer, o exercício dos direitos civis e o fortalecimento dos laços familiares e comunitários fazem parte do cotidiano do Caps-AD. No caso dos dependentes químicos, o objetivo maior é a reinserção na sociedade. O usuário é acolhido pela unidade e posteriormente é submetido a entrevistas, exames médicos e a um projeto terapêutico personalizado. Esse paciente participa de grupos e oficinas terapêuticas, de atendimento médico/psiquiátrico, de assistência social e de nutricionista. Além disso, o dependente químico também recebe gratuitamente medicamentos para iniciar seu tratamento pela unidade do Caps.
Segundo o coordenador Fábio Silva, “um dos fatores de vulnerabilidade mais intensos em relação ao consumo de drogas é o isolamento social. Ele ocorre quando o dependente químico é privado das relações com determinados membros de uma sociedade. O processo pode ocorrer tanto pelo internamento do indivíduo quanto pelo preconceito, que leva a sociedade a se afastar dos dependentes”, garante. O Caps-AD conta também com equipes multidisciplinares (Consultório de Rua) que oferecem atendimento clínico básico e promovem o trabalho de redução dos danos causados pelo uso abusivo de drogas, além de formar vínculo do paciente com a rede de saúde.
Não só o apoio da família como o de todos que estão à volta do dependente são muito importantes para a reintegração dos pacientes em recuperação e é fundamental para que eles possam voltar a exercer os seus direitos à cidadania e assim resgatar a rede social comprometida no período de abuso das drogas. Entretanto, é comum observar a ocorrência de famílias que abandonam dependentes de drogas. “O problema de uma dependência dentro de um núcleo familiar não deve ser analisado como sendo fruto de uma só pessoa. Muitas vezes, uma relação familiar que não funciona bem leva um indivíduo a procurar nas drogas uma saída. A partir daí, a família deposita a culpa de todos os problemas no usuário e se afasta dele, quando na verdade o que causou todo esse transtorno foi a relação conturbada entre eles”, analisa Fábio Silva.
O serviço municipal de atenção à saúde mental tem feito a diferença e prestado relevantes serviços a pacientes dependentes de drogas e álcool, porque o suporte que ele oferece vai muito além de medidas terapêuticas e inclui um pacote de atitudes fundamentais para a cura desse mal, que assola as mais diversas partes do planeta. (Comunicação)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14425
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