Valéria Alves foi uma das representantes da Semus no curso

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) promoveu, na última quarta-feira (24), uma importante capacitação para os profissionais da saúde do município sobre aleitamento materno e todas as nuances que envolvem o tema, que é o melhor começo que se pode dar a um bebê e é a sequência natural da gravidez e do parto.
Estiveram envolvidos nesta capacitação diversos profissionais da Atenção Básica do município de Imperatriz, do Hospital Regional Materno Infantil, alunos da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão (Unisulma) e acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (Ufma). Representando a Semus, estiveram presentes, da Saúde da Mulher, a coordenadora Graça Dantas e Rosélia Albuquerque; do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e a Saúde da Criança e do Adolescente, coordenada por Valéria Alves.
Representando o Hospital Regional Materno Infantil (HRMI), Jaizane Lobato, coordenadora do banco de leite do local e nutricionista do município; Iracema Mourão, gerente de enfermagem do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz, e Virginia Borel, coordenadora do Núcleo de Educação Permanente do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz.
Busca pela prevenção
A promoção do aleitamento materno, para que venha a ser entendido como norma, depende da implementação de políticas nacionais e de recomendações a todos os níveis dos serviços de saúde. Um apoio eficaz requer empenho na aplicação de boas práticas em todas as maternidades, instituições hospitalares pediátricas e centros de saúde, pelo que o profissional de saúde deve possuir conhecimentos sobre amamentação para poder promover e assegurar o aleitamento materno.
Em Imperatriz, muitas crianças chegam aos oito meses de idade no hospital apresentando alguma disfunção intestinal. O questionamento é acerca da alimentação fornecida à criança. Segundo Iracema Mourão, “o aleitamento materno é uma ação muito simples e deve ser considerada como tal, mas a sua importância é vital. A amamentação é uma prática milenar, com reconhecidas vantagens nutricionais, imunológicas, cognitivas, econômicas e sociais. Estas vantagens são potenciadas quando a amamentação é praticada exclusivamente até aos seis meses de vida e complementada até aos dois anos”, ressaltou a gerente de enfermagem do HRMI de Imperatriz.

Aconselhamento e comunicação
Os profissionais de saúde aprendem a identificar e resolver problemas. Mas, para poderem ajudar a resolver os problemas, não basta dar informação às pessoas, é também necessário ajudar a procurar as causas das dificuldades e sugerir formas de resolvê-las. Aconselhar não significa dizer como deve fazer ou empurrar para uma forma de atuar, mas propor atuações respeitando a pessoa nas suas crenças, convicções, pensamentos. Aconselhamento significa trabalhar com as pessoas compreendendo como se sentem e ajudando-as a decidir o que fazer.
Para isto é importante não só o que se diz, mas igualmente a forma como se diz. Para além das palavras a comunicação é feita com a expressão facial, o tom de voz, os gestos e outras formas não verbais de comunicação. Se a comunicação verbal e não verbal não coincidem, a mensagem pode ficar confusa e difícil de entender.
De acordo com a nutricionista Jaizane Lobato, da Semus, “é muito importante a participação de todos os profissionais da saúde, principalmente da enfermagem e da nutrição, bem como todas as demais áreas, que vão de fonoaudiólogos, fisioterapeutas a funcionários e trabalhadores da saúde.
Por norma do Ministério da Saúde, é preciso que todos os envolvidos no sistema de saúde estejam treinados para agir no caso da amamentação. “Nós convocamos para o treinamento até mesmo funcionários do setor pessoal e na área da limpeza, isto porque existe uma troca contínua de informações e esta é a intenção, de formar multiplicadores, porque ninguém faz nada sozinho. Somos parceiros em diversos níveis”, disse Jaizane Lobato.
Segundo a nutricionista da Semus, “os aspectos que envolvem a amamentação são diversos, não apenas o simples ato de dar o peito para o bebê. Esta mulher precisa de apoio. Se uma pessoa próxima a nós amamenta, nós também somos beneficiados com isso, porque isso gera mais saúde. Sem a amamentação nós perdemos vidas, perdemos tempo e perdemos dinheiro”, disse Jaizane Lobato.
Durante toda a evolução da humanidade, muitos avanços foram alcançados quando se trata de amamentação. “Antigamente, no próprio Hospital Regional, a criança era passada por uma janelinha para o berçário, como se fosse um produto. Hoje há uma política de humanização e isto faz uma grande diferença”, garante Jaizane Lobato.
“Como é bom ter pessoas como a Dra. Graça Dantas e Dra. Valéria Moreira à frente de dois programas tão importantes para a saúde da região, porque é da mulher e da criança que começa a vida. Não desmerecendo os demais programas vigentes na Secretaria Municipal de Saúde, mas aqui a base é a prevenção propriamente dita e a importância da Saúde da Mulher e Saúde da Criança são fundamentais”, concluiu Jaizane Lobato. (Comunicação)