Ontem (8) foi comemorado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) alerta para a gravidade do problema. Dados oficiais revelam que dois terços da população local não sabe que as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo e 80% das pessoas não sabem que o colesterol alto pode causar ataques cardíacos.
O colesterol é uma substância que ajuda na formação de uma capa protetora nos nervos e na produção da vitamina D, da bile e de hormônios. A maior parte (cerca de 70%) é produzido pelo fígado e o restante vem da ingestão de alimentos. Em excesso, o colesterol contribui para o entupimento das artérias, impedindo a passagem do sangue, e torna-se fator de risco para doenças cardiovasculares. Existem dois tipos de colesterol. O HDL, chamado colesterol bom, reduz o risco de acúmulo de gordura nas artérias. O LDL, colesterol ruim, deposita gordura nas artérias e dificulta o fluxo sanguíneo.
A coordenadora do programa Hiperdia, Vanessa Aguiar, trabalha para repassar informações à comunidade para que busquem melhorar a qualidade de vida. Ela destacou que, neste ano, foram desenvolvidas diversas ações visando a promoção e a prevenção da saúde pública da população. “Nós sabemos que a sociedade tem uma vida totalmente sedentária, por isso nós enfocamos a importância da educação física com a participação de nutricionistas e educadores físicos que integram o programa Hiperdia”, alertou Vanessa Aguiar.
Embora a alimentação seja fundamental para evitar a ocorrência de doenças cardiovasculares, os níveis de colesterol também estão diretamente relacionados com a prática de exercícios físicos: “Mais trabalho muscular, menos colesterol”, frisa Vanessa.
SEMUS oferece orientação à população
A falta de informações contribui para elevados índices de morte por doenças cardiovasculares. O Ministério da Saúde estima que as doenças cardiovasculares causam em média 800 mil mortes por ano no Brasil.
Sabe-se que 30% do colesterol é fornecido pelos alimentos que ingerimos — os outros 70% são fabricados pelo nosso próprio organismo. O problema está em monitorar e controlar esses 30% que ingerimos. O nível de colesterol pode ser alterado de acordo com a dieta que adotamos. Por exemplo, as gorduras de origem animal, como a manteiga, as banhas e as gorduras presentes nas carnes facilitam o aumento do colesterol no sangue.
Em Imperatriz, a preocupação é constante com a alimentação, porque as questões regionais influenciam bastante e a falta de diversificação alimentar é uma preocupação constante dos nutricionistas que trabalham para o município.
Para combater o colesterol alto com a alimentação é necessário comer mais frutas, vegetais e cereais integrais (aveia, centeio, farelos de trigo, arroz integral etc). Eles são ricos em fibras e substâncias antioxidantes.
E ainda, mais peixes marinhos como sardinha, atum, salmão, anchova, cavalinha, que são ricos em Ômega-3. Além disso, é necessário temperar os pratos com ervas, alho e cebola e reduzir o consumo de sal; utilizar laticínios pobres em gordura, como leite e iogurte desnatados; reduzir a ingestão de gorduras saturadas, como aquelas presentes em carnes gordas e em laticínios integrais; reduzir os alimentos ricos em colesterol, comendo gema de ovo e fígado; fazer uso, com moderação, de gorduras saudáveis presentes no azeite de oliva, abacate e nozes, castanhas e amêndoas e evitar frituras, dando preferência a alimentos grelhados e cozidos.
Diariamente, resultados de novas pesquisas sobre a influência dos alimentos no controle ou aumento do colesterol causam uma verdadeira confusão na cabeça das pessoas.Entretanto, o fundamental é saber que o colesterol alto é risco para a vida .É sempre bom lembrar que o exercício físico e alimentação saudável são as armas de controle.
Comentários