Como parte da programação alusiva à campanha dos “16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, a Prefeitura Municipal de Imperatriz, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para Mulher (SMPM), em conjunto com a Rede Especializada no Atendimento à Mulher (DEM), promoveu, na quinta-feira (26), o II Colóquio Interdisciplinar de Gênero. Com o tema “Gênero, Violência e Feminismo”, o evento aconteceu no auditório da Universidade Aberta do Brasil (UAB) de Imperatriz, que contou com a presença de autoridades, professores, servidores, alunos do curso de Serviço Social da Universidade Pitágoras e da sociedade civil.

O colóquio foi ministrado pela doutora em Sociologia, professora do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Maria Mary Ferreira, que abordou na palestra a questão da violência doméstica e familiar contra a mulher, o feminismo e a desigualdade de gênero existente na sociedade brasileira. “A questão da desigualdade entre homens e mulheres é um fator histórico, é através da lógica dominante do patriarcado que os homens estabelecem sobre as mulheres as relações do dever, da obediência e da submissão, o que há anos vimos tentando mudar esse cenário”, explicou.
Na ocasião, o promotor de justiça Joaquim de Sousa Junior, titular da Promotoria Especializada de Defesa da Mulher, falou sobre as deficiências na infraestrutura social de atendimento às mulheres por parte de alguns órgãos de defesa e proteção, bem como o aumento no índice de violência contra a mulher em Imperatriz e região. O promotor pontuou ainda sobre o machismo exacerbado, decorrentes de características patriarcais que persistem nos dias de hoje. “O índice de violência contra a mulher é resultado de um pensamento de superioridade que alguns homens acham que possuem, o machismo. É preciso que a violência seja desigualada ainda na infância, para que esse machismo chegue ao fim”, disse.
Para a coordenadora do Centro de Referência e Atendimento à Mulher – Cram, Sueli Brito Barbosa, evento como este tem como objetivo auxiliar o gênero na luta por seus direitos. “Um evento desse porte tem a possibilidade de levar informações às mulheres vítimas de violência de como elas devem agir, fazendo valer seus direitos”, completou. 
A objetividade do colóquio foi levar informações para o público feminino e para a sociedade sobre os direitos e deveres na elaboração de políticas públicas. A programação continuará até o dia 10 de dezembro, com palestras, blitz e ações voltadas ao combate à violência. [Francisco Lima – ASCOM