Elson Araújo

A fase de choro e lamentação pela situação atual do rio Tocantins parece ter chegado ao fim. O momento agora é de ações concretas. Dois grupos começaram a se mobilizar, já com grande adesão. O primeiro, formado por professores, estudantes, profissionais liberais e conhecidos ambientalistas; o outro é puxado pelo vice-prefeito eleito Alex Rocha.
Dia 19 de novembro, ambos os grupos estarão juntos numa ação de replantio de espécimes nativas às margens do riacho Bacuri. Para eles, será a inicial de uma série de atividades voltadas não só para o rio Tocantins, mas também para outras causas ambientais. Na noite da última segunda-feira, uma multidão se reuniu na sede da Igreja Nova Vida, da qual Alex é o líder, para debater o problema. Já nessa terça-feira, na Academia Imperatrizense de Letras, o segundo grupo, temporariamente denominado de “Força Tarefa Rio Tocantins”, definiu e dividiu tarefas entre os subgrupos formados com quem apareceu e se colocou à disposição.
A meta agora, revela a liderança do movimento, é ir além do diagnóstico e partir para gestos concretos, incluindo campanhas de conscientização, mutirões de limpeza, replantio de espécimes e até mesmo, se for o caso, o mover de ações judiciais. Na próxima terça-feira, às 16 horas, na Academia de Letras, haverá mais um encontro, aberto a quem quiser se juntar a essa causa.
O rio Tocantins enfrenta a maior seca da sua história. O mais perto do que acontece hoje, segundo moradores mais antigos, tem o registro em 1967. A diferença é que naquele tempo não tinha tanto a influência do homem quanto agora, ação visível na transformação de seus afluentes em “canais de esgoto”, na devastação da vegetação ciliar, na derrama, sem tratamento, de parte do esgoto, na transformação de suas margens em verdadeiros lixeiros.