Raimundo Primeiro

A Unidade Regional de Imperatriz do Sebrae Maranhão realiza, desde a manhã de terça-feira, o Curso de Nivelamento da Metodologia Balde Cheio a partir da Irrigação de Pastagem. O curso acontece em uma das salas de treinamentos do Centro de Convenções de Imperatriz e foi aberto pela gestora do Projeto Agroindústria do Leite no Território Tocantino pelo Sebrae, Márcia Maria Ferreira.
O curso está sendo ministrado pelo agrônomo João Rosseto Ribeiro Júnior, instrutor da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Sudeste), para a ferramenta Balde Cheio, que vem sendo utilizada nas regiões Norte-Nordeste com o objetivo de aumentar a produtividade da bacia leiteira da região.
O evento reúne técnicos de diversos municípios da região. “Existe uma diferença muito grande entre molhar o pasto e irrigar o pasto”, ensinou Rosseto. “Temos que respeitar muitas coisas, como o sistema de armazenamento de água disponível, qual a quantidade de água que o solo pode reservar para a planta”, observa o especialista.
Rosseto destaca que o Sebrae reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento da bacia leiteira regional ao desenvolver iniciativas como esta. “Uma ação positiva que está trabalhando com resultados extraordinários o projeto Balde Cheio. Conversei hoje com um produtor que começou com duzentos litros e hoje produz com mais de quinhentos litros e com projeção de chegar até o final do curso com mil litros”, informou.
A gestora do Sebrae, Márcia Maria, explica que o treinamento busca qualificar os técnicos da região para que haja especialistas locais neste tipo de manejo. “O que o curso e o projeto objetivam é diminuir os custos da pecuária leiteira e aumentar a qualidade do que é produzido, desenvolvendo esta atividade econômica no Maranhão”, ressaltou.

Balde Cheio

É um projeto voltado para a pecuária leiteira em pequenas áreas, tendo sido implantado na região sul do Maranhão há dois, com prazo de duração previsto para quatro anos. O objetivo do programa é promover o desenvolvimento da pecuária leiteira, mediante o processo de transferência de muitas tecnologias, para extensionistas de entidades públicas e privadas, bem como para produtores de leite.
Neste processo, é aplicada uma metodologia inovadora, em que propriedades leiteiras de cunho familiar são utilizadas como “sala de aula prática”, com o objetivo de atualizar o conhecimento de todos os envolvido, entre pesquisadores, extensionistas e produtores.