Edilson Baldez, que preside o Conselho Deliberativo do Sebrae e a Fiema, visitou os curtumes da região tocantina para conhecer a qualidade da produção local

O Sebrae já começou as articulações para elaborar um plano de ação que retomará o fomento de pequenos negócios e atendimento a empreendedores da cadeia do couro na região tocantina. O objetivo é aproveitar as sobras dos curtumes instalados no território, contribuindo para a formação de um polo coureiro de referência no estado e regiões Norte e Nordeste.

Recentemente, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae e presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, esteve na região tocantina para conhecer o potencial e as oportunidades de negócio proporcionados por esta importante cadeia produtiva.
Nas visitas aos curtumes de Governador Edison Lobão, antigo Ribeirãozinho, ele esteve acompanhado pelo conselheiro do Sebrae e vice-presidente da Fiema, Cirilo Arruda; pelo presidente do Sindicouro, Adão Gonçalves; pelo gerente da unidade do Sebrae em Imperatriz, Danilo Borges e pela gestora de projetos do Sebrae voltados ao agronegócio e às pequenas indústrias, Marcia Maria Ferreira. 
“O Maranhão é hoje o 13º exportador de couro do país e o quarto maior do Norte e Nordeste. Podemos tornar o polo coureiro da região tocantina uma referência regional ao trabalharmos a inserção dos pequenos negócios no encadeamento produtivo, estimulando a industrialização, o comércio e a prestação de serviços. É um setor produtivo específico que gera grandes perspectivas de trabalho e renda em tempos de alto índice de desemprego”, apontou Baldez, que visitou a Curtidora Ribeirãozinho, o Curtume Santa Maria e o Maranhão Couros, além da Unidade Vocacional do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) que funciona, provisoriamente, na sede da Escola de Couro.
No município de Governador Edison Lobão, os grandes curtumes utilizam equipamentos e processos inovadores e a produção é toda exportada para o Sul do Brasil, Estados Unidos e países da Europa e Ásia. “É impressionante a capacidade de produção da nossa indústria de couro. O ganho para a economia do território com esse encadeamento produtivo organizado será muito grande, desenvolvendo outras atividades paralelas também geradoras de emprego e renda”, reforçou Edilson Baldez, ressaltando que tanto o Sebrae quanto a Fiema estariam mais empenhados em fortalecer o setor na região tocantina.

Atuação do Sebrae

Em relação à cadeia do couro, o Sebrae efetivou, entre 2004 e 2005, algumas ações voltadas para a sensibilização de produtores ligados ao Sindicouro, fabricantes de calçados e potenciais empreendedores que viram potencialidades para investir no setor. Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Sebrae realizou um mapeamento das necessidades desse grupo e promoveu cursos, minicursos e palestras sobre empreendedorismo, organização social e associativismo, além de orientações de mercado.
Dentre as ações já pensadas pelo Sebrae para fortalecer a cadeia produtiva do couro na região tocantina, onde estão inseridas duas de suas 12 regionais – Imperatriz e Açailândia, está o incentivo e posterior fortalecimento do associativismo e cooperativismo, focando na utilização das sobras e reaproveitamento do couro; incentivo à formalização de novos empreendedores através da modalidade MEI (Microempreendedor Individual); palestras, cursos, oficinas, orientação e consultorias sobre empreendedorismo, gestão, produção, inovação, tecnologia e mercado.
“O Sebrae buscará, ainda, a parceria com os municípios para criar ou ampliar o ambiente legal para os pequenos negócios, fazendo valer os benefícios da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa”, reforça o gerente da unidade regional do Sebrae em Imperatriz, Danilo Borges.