Maurício Martins
Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se algum amigo contar algum fato a meu respeito, ouça, e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo só porque morri, mostre que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você lá onde estiver. E, se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
- Foi meu Pai, companheiro e amigo, sempre acreditou em mim, formou nossa linda família e agora partiu para perto de Deus!
Aí, então, derrame suas lágrimas. Eu não estarei presente para enxugá-las, mas não faz mal. Os meus inúmeros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei em paz, cuidar da minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, quando a saudade bater, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficarei muito feliz, porque, juntos, Ela e Eu estaremos olhando pra você.
E saiba que, quando chegar a sua vez de ir ao nosso encontro, na casa do Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver a eternidade deste amor que Deus, na sua bondade infinita, aqui nos preparou.
Se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu. Pois ser amado e querido, ter construído nossa família neste alicerce chamado amor, já foi um pedaço dele que aqui encontrei junto a você.
Se eu morrer antes de você, apenas lembrem-se: partir para encontrar meu grande AMOR!
Pois o meu tempo na terra acabou. Mas no céu... o nosso amor é ETERNO!!!
Obs.: Dedico esta crônica aos amigos Ribinha Cunha, Léo Cunha, Wdson Cunha, Edson Cunha, Alzira Cunha, Neilamy Cunha, Karla Cunha e Daniele Cunha.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14933
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