Imperatriz recebe nesta quinta-feira (21) da Fundação Vale, do Ministério da Saúde e da Fundação Pio XII uma unidade móvel de prevenção e combate ao câncer. O ônibus, equipado com quatro consultórios, um mamógrafo digital, recepção, centro cirúrgico, sala de mamografia, sala de pequenos procedimentos e outra sala de coleta de prevenção, tem até elevador para cadeirantes.
Não resta dúvida de que se trata de grande reforço para a Secretaria Municipal de Saúde, que com uma equipe devidamente capacitada colocará à disposição da população, já na próxima segunda-feira, toda a tecnologia preventiva aos cânceres de útero, mama, pele e de próstata.
Esse equipamento não viria para Imperatriz se não fosse a proatividade da secretária Conceição Madeira, da sua equipe e do próprio prefeito Madeira, que não mediram esforços para cumprir as exigências para que a cidade fosse contemplada com esse instrumento de prevenção. Não se pode deixar de ressaltar o empenho do deputado federal Chiquinho Escórcio em todas as etapas da aquisição e a sensibilidade do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que apoiou integralmente o pleito.
Reconheçam alguns ou não, em Imperatriz tem sido permanente a luta da gestão municipal para manter operante o seu sistema de saúde. O enfrentamento é diário e permanente em diversas “frentes de batalha” e dessa forma, em que pese as imensas dificuldades, a máquina não para, mesmo com os recursos insuficientes para custeá-la.
A estrutura da saúde municipal não é pequena. São 34 postos de saúde e o Ministério da Saúde já aprovou a construção de mais; 42 equipes da Saúde da Família e pelo menos 26 programas, todos bem avaliados.
E, por falar em boa avaliação, hoje o município de Imperatriz é considerado pelo Ministério da Saúde referência em cobertura vacinal, o que tem influenciado na melhoria da saúde de crianças, idosos e gestantes. Os combates à tuberculose, dengue e hanseníase são considerados destaques com a observação de que Imperatriz foi o primeiro município do Brasil a realizar teste rápido para diagnóstico da hanseníase, o que deu celeridade ao processo de detecção e tratamento da doença.
Por esses avanços, o sistema de saúde gerido pela Prefeitura há muito deixou de ser municipal para ser regional; ou interestadual ao se considerar as demandas oriundas do Norte do Tocantins e do Sul do Pará, e que não são poucas, o que implica na  necessidade de mais recursos. Com tudo isso, as dificuldades não se constituem em impeditivo para o funcionamento a contento de todos os programas, bem como do Hospital Municipal (Socorrão), referência para mais de 50 municípios.
Ao se falar em Hospital Municipal, não custa nada lembrar que ali os números são superlativos, a começar pelos atendimentos cuja média é de 15 mil por mês com picos de até 17 mil. São mais de 500 refeições servidas por dia aos pacientes e acompanhantes.
O número de cirurgias ali também é alto. 2013 deve fechar com 7.200 intervenções cirúrgicas.
O Hospital Municipal funciona há décadas em um imóvel alugado no Centro da cidade e, no dizer da secretária Conceição Madeira, já deu o que tinha de dar, surgindo a necessidade urgente de um novo hospital que tenha pelo menos 500 leitos. O projeto, revelou recentemente ela, já existe e o terreno também.
A batalha agora, conforme a secretária, é para que o Ministério da Saúde, que já tem ajudado muito o município, se sensibilize com essa causa da cidade e torne esse hospital realidade.

*  Elson Mesquita de Araújo, jornalista.