As enganosas reduções de custos, que, na realidade, oneram econômica, social e moralmente o Município, não podem ser admitidas por uma gestão que se instalou sob o discurso da honestidade e da eficiência, diante dos reclames de uma população sofrida; ainda mais com relação a um setor crucial, como o da saúde. Não nos interessa fazer de conta que estamos economizando com a manutenção de equipamentos, enquanto esses mesmos equipamentos ficam parados, sendo canibalizado, expostos aos riscos de serem definitivamente danificados, ao mesmo tempo em que os atendimentos ficavam paralisados indefinidamente, deixando gente morrendo à míngua.
O desabafo acima é do secretário da Saúde, Alair Firmiano, diante de publicação feita por um blog sistematicamente hostil à atual administração municipal, dando conta da troca de um serviço de manutenção que custava R$ 55 mil por outro que custa 600 mil, transformando isso num pseudo escândalo, "quando escandaloso era se pagar para não se ter o serviço, e ainda deixar equipamentos de altíssimo custo nas mãos de quem não resolvia nada e ainda colocava o patrimônio da população sob o risco", diz Alair.
O contrato de manutenção dos equipamentos da Saúde, herdado pela atual gestão, de fato, era de R$ 55 mil por mês, mas só cobria parte mínima do Socorrão, deixando de fora, por exemplo, tudo das UTI`s e do Centro Cirúrgico. "Os carros de anestesia estavam ha dez anos sem manutenção. Os respiradores da UTI`s estavam quebrados, e o autoclave (que faz a esterilização de material cirúrgico), um dos dois melhores do estado, não funcionava, obrigando o Município a gastar mais, buscando serviços de outros hospitais.
"Com a troca do fornecedor de manutenção, de imediato saltamos de 5 para 20 o número de leitos da UTI de adultos, e de 4 para 10 os leitos da UTI infantil; mais do que quadruplicamos nossa capacidade de cuidar de quem está ali sob risco iminente de morte"- diz Firmiano.
"Numa outra conta, 15 leitos de UTI adulta e mais 6 leitos de UTI infantil a mais, por dia, somam 630 diárias a mais de UTI por mês que nós estávamos deixando de ter, por incapacidade da manutenção. Essas 630 diárias de UTI nos custariam muito mais do que está se pagando agora para tê-las naturalmente, com um serviço de manutenção tecnicamente competente"- observa o secretário de Saúde.
Com o novo contratado, provisório, "mas dentro da lei" - observa Alair Firmiano, enquanto se faz a licitação, técnicos altamente especializados passam a lidar com equipamentos de toda a rede do Município, incluindo os das Unidades Básicas de Saúde, UPA, odontologia, ônibus e até rádios do Samu, tudo que estava descoberto e gerando custos muito mais elevados. Entram nessa conta, equipamentos altamente especializados e caríssimos, como os da ressonância magnética (que é uma novidade), raio-x, ultrassonografia, tomografia e mamografia. "Ao final, passamos a ter tudo funcionando, dentro de um elevado padrão de confiabilidade e com a garantia de que nosso patrimônio está sendo preservado, sob os cuidados de quem se preparou para lidar com eles, e não mais no regime da gambiarra, o barato que ficava muito mais caro e que, com certeza, custou até vidas"- finaliza o secretário da Saúde. (Assessoria de Comunicação)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15981
Saúde amplia manutenção dos equipamentos e reduz custos
Fim das "gambiarras" dá confiabilidade e preserva equipamentos caros do Município
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