Domingos Cezar
Criado e efetivado de maneira tímida no primeiro semestre deste ano, o sarau da Academia Imperatrizense de Letras - AIL, que se realiza na última quinta-feira de cada mês, a cada dia vem se consolidando entre o público amante de uma boa música e poesia, assim como aconteceu com o Salão do Livro de Imperatriz - SALIMP, inicialmente batizado como Feira do Livro de Imperatriz.
Na última quinta-feira (31), isso ficou demonstrado com um elevado número de pessoas de todas as idades que assistiram ou participaram diretamente do sarau. Após a abertura pela presidenta Edna Ventura, o acadêmico Agostinho Noleto fez uma dissertação pelo Dia do Livro - 29 de outubro - e em nome dos acadêmicos, prestou uma homenagem póstuma aos acadêmicos Jurivê de Macedo e Edelvira Marques.
Edna Ventura explicou aos presentes que a expressão sarau tem origem no termo latino serus (relativo ao entardecer), porque acontecia, em geral, no fim do dia. Pode envolver dança, poesia, círculos de leitura, seção de filme, música, bate-papo filosófico, pintura, teatro, etc. Muito comuns no século XIX, os saraus vêm sendo resgatados promovendo a integração de forma descontraída, criativa e envolvente.
O encontro literário e musical teve a participação efetiva de convidados como Rosinaldo Martins, Conceição Moreno, Diana Cardoso, Rogério Fregona e Eró Cunha. Também foi prestigiado com as belas declamações de Maisa de Santana, aluna da Escola Urbano Rocha, de Jaqueline do Espírito Santo e Natália Soares, alunas da Escola Raimundo Soares, e Gabriela Gomes, aluna da Escola Nascimento Moraes.
Também houve a efetiva participação dos acadêmicos começando por Itaerço Bezerra (stand-up e poesia), Trajano Neto (música e poesia acompanhado por Deco ao violão), Domingos Cezar (música com participação de Araújo ao violão), Zeca Tocantins (música e poesia), Gilmar Pereira (conto de sua autoria), Arlene Azevedo (conto) e Maria Helena Ventura (poesia de poetisas maranhenses) e Itamar Fernandes (música).
Presente ao sarau, o produtor cultural Carlos Augusto Viana, o Lambau, disse que há muito tempo não apreciava um evento meramente cultural de grande qualidade. "É muito difícil assistirmos em Imperatriz algo voltado exclusivamente para as pessoas que gostam e admiram uma boa música e poesia", afirmou Lambau, acrescentando: "Perdeu quem não compareceu à Academia de Letras".
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