O coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Weverton Augusto de Oliveira, destaca nessa entrevista o trabalho realizado pelo órgão, inclusive com a instalação de computadores para implantação da “ficha eletrônica” de atendimento do 192.
Ele também destaca o apoio da secretária de Saúde, Conceição Madeira, que fez a aquisição dos computadores para a instalação do projeto. Weverton Oliveira adianta os benefícios da informatização, bem como o projeto de regionalização do Serviço de Atendimento Móvel – SAMU.
Confira os principais trechos da entrevista com o coordenador Weverton Oliveira, do SAMU.

P – O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) será modernizado em Imperatriz?

Weverton – Existe uma padronização para o funcionamento da central do SAMU que prevê que o atendimento seja feito através de “ficha eletrônica”. Contudo, se faz necessário que essa central disponha de computadores que tenham a configuração adequada para suportar o software que será instalado pelos técnicos do Datasus, resultado do convênio que existe entre o SAMU e o Datasus.

P – O que representará essa nova modalidade de atendimento eletrônico?

Weverton – A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), com apoio da doutora Conceição, adquiriu nove computadores para que seja informatizado o serviço de atendimento do SAMU, pois atualmente é feito através de ficha manual. Nós acreditamos que logo que os computadores passarem a funcionar, depois da instalação e configuração do servidor, o serviço de atendimento será agilizado durante o registro da informação por meio do telefone 192.

P – A informatização também contribuirá no levantamento estatístico das ocorrências prestadas pelo SAMU?

Weverton – Sem dúvida. Esse registro será mais preciso, pois o banco de dados ficará mais acessível, uma vez que atualmente para se fazer esse levantamento estatístico é feita contagem manual. O novo sistema, uma vez funcionando, fornecerá estatística de todos os tipos de atendimento prestado pelo SAMU, onde iremos apenas imprimir, periodicamente, o relatório, encaminhando-o para a coordenação estadual de urgência, em São Luís, e a coordenação-geral de urgência e emergência, em Brasília.

P – E como está o projeto de regionalização do atendimento do SAMU?

Weverton – Esse é um projeto que foi elaborado envolvendo diversos municípios da região sudoeste do Maranhão, dentre eles a cidade de Imperatriz, considerado “município-mãe”, onde prevê que seja implantada uma central de regulação regional, devendo ser ampliadas as linhas de atendimento do telefone 192 – atualmente existem duas linhas em funcionamento – para atendimento da população de Imperatriz. Mas, quando esse projeto começar a funcionar, será necessário triplicar o número de linhas telefônicas 192, sendo que a regulação será feita em Imperatriz.

P – Existe alguma proposta para descentralização dessa regulação do atendimento do SAMU?

Weverton – Existe uma proposta do prefeito Sebastião Madeira junto ao governo do Maranhão para que assuma a regulação do atendimento regional do SAMU, pois temos observado que a despesa aumentará substancialmente para o município de Imperatriz. E os recursos que a prefeitura recebe atualmente do governo estadual e do Ministério da Saúde são insuficientes para arcar com toda despesa do projeto de regionalização do SAMU.

P – E como você avalia esse processo de regionalização do atendimento do SAMU?

Weverton – Esse será um passo considerado de suma importância à comunidade da região sul e sudoeste do estado, pois todas as chamadas de urgência dos municípios da região, antes de chegarem aqui, passarão pela central de regulação, que deverá checar nos hospitais de emergência (adulto e infantil) se, de fato, há disponibilidade de vagas para atendimento do paciente, organizando assim o fluxo de atendimento no hospital Socorrão.

P – Qual a avaliação se faz do pronto-atendimento do SAMU em Imperatriz?

Weverton – O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) trabalha com a priorização do atendimento, cuja meta é atender bem, com qualidade e agilidade, ocorrências que configuram urgência e emergência. A nossa equipe de plantão, na qual dispomos de um médico regulador, que está ali nas 24 horas para colher todo chamado, ouvir a solicitação e classificar por nível de urgência. Se nós recebemos uma chamada classificada por nível máximo, como por exemplo, acidente de trânsito com traumatismo ou uma parada cardiorespiratória, automaticamente mobilizamos uma equipe para o pronto-atendimento do paciente. Essas nossas equipes estão preparadas e chegam muito rápido para atender esses casos de urgência máxima. Temos ainda os níveis intermediários que também recebem uma resposta rápida no atendimento. (Comunicação)