Hemerson Pinto
Na foto é possível observar que em determinado ponto a Rua João Lisboa, tão importante para o bairro Entroncamento quanto para o centro da cidade, tem uma curva à direita. É exatamente onde a via é desviada por conta dos imóveis que foram erguidos na quadra seguinte ao longo de anos, sem ninguém reclamar.
A cada nova construção os muros avançaram em direção à rua, forçando o recuo. O tempo passou e a rua, já estreita, cada vez mais cercada de residências recebeu asfalto e não sobrou o espaço para as calçadas.
São apenas alguns centímetros de passeio público, “por onde não dá pra passar uma pessoa pela outra”, reclama um dos moradores do local, o escritor Carlos Brito. O registro foi feito por ele e entregue a O PROGRESSO, sugerindo a publicação como forma de protesto pelos riscos de acidentes.
A via é de mão dupla e com o asfalto possibilita o tráfego de veículos em velocidade limitada a até 60km por hora, mas facilmente ignorada e ultrapassada por motoristas e motociclistas. “Sem a calçada, o povo é obrigado a andar pela rua em alguns pontos. É algo que poderia ser corrigido, mas não foi”, comenta.
O escritor reclama que acompanhando o (des) alinhamento da rua, os postes da companhia energética também foram instalados indevidamente, “ocupando quase a rua”, e uma casa na esquina com a Rua João Paulo, de frente para a linha de tráfego do quarteirão anterior. A única proteção é um poste que pode (ou não) parar um veículo desgovernado.
Um questionamento feito pelo escritor é se essas residências já receberam o título definitivo e se não há mais nada a ser feito no sentido de corrigir o que ele chama de estreitamento da via, que no trecho entre as ruas João Paulo e Albano chega a medir seis metros, “enquanto nos trechos onde a rua está na largura, digamos correta, ela tem 12 metros”.
Comentários