Raimundo Primeiro
O Rotary Club Imperatriz realiza reunião, na noite desta quarta-feira, 4 de dezembro, para tratar sobre o nivelamento das calçadas na cidade. O assunto começa a ser debatido a partir das 19h30, na sede da instituição, localizada na rua Frei Manoel Procópio, nº 58, Centro. "Convidamos as lideranças dos diversos setores para o encontro", diz a presidente do RCI, Eleusa Moraes Sousa, acrescentando ser de fundamental importância a presença de todos os convidados no evento, em virtude da relevância do assunto em pauta.
Há anos, a população reclama ações que visam melhorar a acessibilidade, principalmente de idosos e deficientes físicos. Entretanto, nenhum projeto neste sentido ainda aconteceu.
Em Imperatriz, as calçadas não têm rebaixamento e não possuem piso tátil para deficientes visuais. O acesso de todos os cidadãos a cidade ainda não foi assegurado. Diante de tal constatação, que o Rotary Club decidiu agir, seguindo ações desenvolvidas em várias cidades do país.
Para o encontro da noite desta quarta-feira, o Rotary Club mobiliza diversas instituições representativas da sociedade civil organizada de Imperatriz, entre as quais Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Industrial (ACII), Promotorias Públicas, Subseção de Imperatriz da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OBA-MA), Associação dos Deficientes Físicos, Clube de Mães e Associação dos Idosos
A reportagem procurou o jornalista e pesquisador Edmilson Sanches para falar sobre nivelamento de Calçadas. Segundo ele, "Imperatriz se tornou, no dizer da Organização das Nações Unidas (ONU), no que se chama de 'cidade biocida', cidade doente, conceito oposto ao ato de 'cidade ecológica', cidade sustentável".
Sanches destaca que, "aqui, administrador público não quer saber dessas palavras grandes ou conceitos de entendimento pouco linear". Conforme ele, pelos parâmetros, estudos e estatísticas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mais de duas mil pessoas, especialmente homens e mulheres - e, entre estas, as mais idosas -, sofrem acidentes nas ruas de Imperatriz. "São topadas, quedas, com deslocamentos e fraturas de ossos, torções musculares e humilhações, exposição ao ridículo etc. etc".
"O problema das calçadas se avulta - e corre o risco de ficar pior - tendo em vista a elevada densidade populacional do município. Se em todo o território imperatrizense, já se convive com cerca de 170 pessoas por cada quilômetro quadrado, considerando-se apenas na zona urbana esse indicador se agrava: chega-se a mais de 1.950 habitantes por quilômetro quadrado. Bem diferente dos tempos de 50 anos atrás, quando menos de seis mil imperatrizenses habitavam o município, mais de 80% deles na zona rural. Era uma tranquilidade", lembra Sanches.
Para o advogado Jonilson Almeida Viana, membro da Comissão de Acessibilidade do Rotary Club Imperatriz, a sociedade civil deve cobrar das autoridades constituídas uma solução para o problema do desnivelamento das calçadas de Imperatriz.
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