Hemerson Pinto
Desde o início da noite da última terça-feira, o rio Tocantins avança e ocupa ruas do Porto da Balsa em Imperatriz. Os primeiros sinais da enchente surgiram por uma vala localizada em um terreno na Rua Nova, onde a água do rio misturou-se ao esgoto e transbordou, acumulando na frente de residências e se distribuindo por parte da Rua Luís Domingues.
Na manhã de ontem, o cenário era outro. A água havia ocupado um espaço maior e se aproximado da Rua Niterói. A avanço entre as 2h e 6h de quarta-feira foi de aproximadamente 100m em direção à Rua Niterói. Desde quando a água começou a invadir as ruas do Porto da Balsa, moradores passaram a ser retirados pela Defesa Civil do Município.
“É um retrato conhecido. Quando começa assim, sabemos o que vai acontecer e por isso deixamos as famílias avisadas, como fizemos na madrugada de quarta-feira, antes de sairmos do Porto da Balsa. Às 6h, estávamos de volta. Temos cinco caminhões retirando móveis e demais pertences das famílias, a princípio levadas para o Parque de Exposições”, informou o superintendente da Defesa Civil, Francisco das Chagas.
Segundo Francisco, se o rio continuar desalojando moradores, o Município poderá providenciar novos abrigos. A Defesa Civil pediu reforço ao 50º Batalhão de Infantaria de Selva, 50º BIS. Homens do Corpo de Bombeiros e Bombeiros Civis também ajudam no trabalho de retirada das famílias do Porto da Balsa.
Ainda na manhã de terça-feira, a Defesa Civil informou que a vazão da hidrelétrica de Estreito-MA estava em 12.500m³ de água por segundo. Assim, o rio Tocantins alcançou nível superior a 7,5m. “Uma das preocupações é a velocidade baixa da água. Ela está represando, pois cidades abaixo (como Marabá-PA) estão alagadas. Se chover acima, a situação pode se tornar pior”, alerta Francisco das Chagas.
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