Entre o final de outubro e o início de novembro, o nível do rio Tocantins subiu 45 centímetros, mas ainda está abaixo do seu marco zero. Ontem, por exemplo, na parte da manhã o nível estava em 2,3 metros negativos. A informação é da técnica Elayne Cristina da Silva, secretária executiva da Defesa Civil da Prefeitura de Imperatriz.

A elevação do nível do rio, segundo ela, tem uma explicação bem simples: começou a chover forte nos Estados do Goiás e do Tocantins. Com isso, o lago da Hidrelétrica de Estreito encheu e a usina aumentou a defluência de 740 para 1141 metros cúbicos por segundo o que teve influência direta na elevação do nível da bacia do Rio Tocantins.
O baixo nível do rio vinha sendo motivo de preocupação porque poderia afetar o abastecimento regular de água potável em Imperatriz pela incapacidade atual da Companhia de Saneamento do Maranhão – Caema, de conseguir fazer a captação do produto nas circunstâncias em que o rio desça a ponto de deixar descobertas as bombas que retiram a água do rio para distribuir na cidade.
A crise hídrica da Bacia do Tocantins e a possibilidade de um colapso no abastecimento de água em Imperatriz foram debatidos há dois meses no auditório do Ministério Público de Imperatriz com agentes da Agência Nacional de Águas - ANA, Câmara dos Deputados, Operador Nacional do Sistema (Elétrico) Caema, Prefeitura, ambientalistas e até empresários. Na oportunidade, foi “fechado um acordo” segundo o qual para garantir o abastecimento de água potável a Hidrelétrica de Estreito manteria a vazão das comportas em torno dos 700 mil metros cúbicos por segundo. Após isso, caso não começasse a chover, haveria uma redução para cerca de 400 metros cúbicos, o que viria a provocar um colapso no abastecimento.
A Caema, por meio de sua diretoria, presente no encontro, garantiu que se adequaria com a compra de um novo sistema de captação de água que depois foi anunciado só para o ano que vem.

“Virada no tempo” - Com a chegada da chuva, não foi preciso Estreito reduzir a vazão, ao contrário teve de aumentar o volume, que já vinha operando. Dessa forma, pelo menos por enquanto, não é pela baixa do rio que a população ficará sem água nas torneiras.
A secretária executiva da Defesa Civil, Elayne Cristina, informa que o órgão tem mantido contato direto com Estreito e também ficado de olhos nos serviços dos serviços especializados de previsão metereológica. 
A boa notícia, segundo ela, é que há previsão é de mais chuva na área de influência da Bacia do Tocantins pelo menos até o dia 15 de Novembro (Elson Araújo)