Quarenta e quatro famílias desalojadas pela enchente do rio Tocantins são atendidas pelo município, abrigadas no Parque de Exposições Lourenço Viera da Silva. Outro total, número não informado pela Defesa Civil, está alojado em residências de parentes ou alugaram casas em outros bairros.
Mesmo com o recuo do rio, registrado desde a última sexta-feira, a situação ainda é de alerta. “Tudo é possível, pois depende da quantidade de chuvas que podem cair nos próximos dias na região”, comenta o superintendente da Defesa Civil, Francisco das Chagas.
Na manhã de ontem, o nível do rio Tocantins estava em 6,85m acima do normal, com vazão da hidrelétrica de Estreito em 11.600m³ de água por segundo. A água ainda tomava um quarteirão da Rua Luís Domingues e parte da Rua Nova, Porto da Balsa. Em um pequeno espaço, entre o posto da Polícia Militar e a rampa da balsa, já era possível notar blocos que compõem a rua. A enchente, que já dura cerca de cinco dias, atingiu os bairros Curtume, Leandra, Caema e Beira Rio.
Desabafo – O superintendente da Defesa Civil do Município, Francisco das Chagas, informou à nossa reportagem que o trabalho de retirada das famílias para serem levadas ao abrigo da Prefeitura foi dificultado por alguns moradores.
“Pessoas que usaram agressividade com quem estava ali apenas para ajudar, como aconteceu com um oficial do 50º BIS, que, nem mesmo a farda e arma na cintura foi o suficiente para intimidar um homem que se aproximou e o agrediu verbalmente na frente de várias pessoas. Outro exemplo: a direção do Parque de Exposições entrou em contato conosco informando que algumas pessoas abrigadas lá estão provocando danos materiais ao local. Não são todos, mas alguns, e que acabam denegrindo a imagem dos demais. Tivemos que pedir para a Polícia Militar fazer rondas dentro do parque”, desabafou Francisco das Chagas.
O PROGRESSO fará uma visita aos alojamentos do Parque de Exposições para verificar as condições dos abrigos oferecidos pelo Município. (Hemerson Pinto)
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