Com a estimativa de público de cerca de 300 pessoas, o foco da capacitação está voltado para profissionais da saúde, educação

Na tarde de terça-feira, 22, uma reunião na sede do Centro de Referência e Atendimento à Mulher, Cram, debateu o planejamento da capacitação de servidores do município, a respeito da Notificação Compulsória que será realizada nos dias 05 e 06 de dezembro. O evento é uma realização da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, composta pela Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher, SMPM , o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, além da Vara e Promotoria de Defesa da Mulher e também uma delegacia especializada.
A Notificação Compulsória é um instrumento que garante direitos, na qual profissionais devem notificar os casos de violência contra mulheres, idosos, crianças, adolescentes e também as situações autoprovocadas, que são as tentativas de suicídio. Os profissionais que atendem esse público, ao observar a ocorrência de violência, não apenas nos setores de saúde, mas nas unidades de ensino e conselhos tutelares, devem preencher a ficha de notificação.
As fichas são encaminhadas para o setor de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT), que funciona dentro da Vigilância em Saúde. A coordenadora do DANT, Bárbara Novaes, explica que as notificações auxiliam o município a levantar os dados sobre violência e tomar decisões a respeito. "É importante para esses profissionais conhecerem a ficha e quais são os casos que devem ser notificados. Saber qual a importância de notificar e para onde encaminhar", explicou.
Com a estimativa de público de cerca de 300 pessoas, o foco da capacitação está voltado para profissionais da saúde, educação e assistência social do município. A rede estendeu o convite para a participação das Secretarias de Estado da Saúde, SES, e da Educação, Seduc. Estuda-se abrir o evento para profissionais que atuam em hospitais particulares de Imperatriz e alguns acadêmicos do curso de Medicina, dependendo do semestre no qual se encontra.
O planejamento indica trabalhar a notificação de maneira geral, com todas as atribuições e também especificamente a sensibilização para o atendimento da mulher vítima de violência no Hospital Municipal de Imperatriz, HMI, e nas UPAs. "Percebemos que existe muita subnotificação e que os profissionais possuem medo. Por vezes, alguns ainda não entenderam o valor que o formulário tem, mas o município entende e precisa resolver essa questão", declarou. (Ariel Rocha-Ascom)