Domingos Cezar
Representantes de entidades e instituições diversas se reuniram na tarde da última sexta-feira (17), nas dependências da Câmara Municipal, para discutir a possibilidade da criação de um museu para a memória de Imperatriz. A iniciativa partiu da secretária municipal de Políticas Públicas para a Mulher, Conceição Formiga.
Conceição Formiga, como uma pessoa ligada aos movimentos da Igreja Católica, abriga em sua residência e faz exposições itinerantes de peças sacras, tem uma grande inquietação: a história da fundação de Imperatriz não conta nada sobre o envolvimento da classe no processo de fundação e povoação da cidade.
A secretária afirmou aos presentes que já tentou resgatar algumas peças consideradas históricas, como uma espada da família Milhomem que era uma forma de compra de patentes militares no final do século XVIII. “Do conjunto de pesos e medidas doadas pela Imperatriz Teresa Cristina, restou apenas uma peça de 50 quilos que se encontra em meu poder”, observou.
O presidente do Conselho Municipal de Cultura e presidente da Fundação Cultural de Imperatriz – FCI, Antonio Mariano Lucena Filho, propôs o encaminhamento de um projeto de lei do executivo para a apreciação e aprovação da Câmara Municipal. “Este é o primeiro passo para que possa ter dotação orçamentária”, explicou Lucena.
Lucena Filho informou ainda que esteve presente em uma audiência com o prefeito Sebastião Madeira e o deputado estadual Léo Cunha, e este garantiu uma emenda parlamentar no valor de R$ 1 milhão para a construção desse museu. Ele lembrou também da luta do Movimento Cultural para a construção do Centro Cultural, que abrigaria o museu.
As sugestões de Lucena Filho foram endossadas pelo vice-presidente do Conselho Municipal de Cultura, historiador Adalberto Franklin, que fez uma síntese da história de Imperatriz, desde sua fundação, ressaltando a importância de um museu não apenas histórico, mas um moderno, ou seja, um museu de imagem e som.
Após uma calorosa, porém cultural discussão, ficou definido que Conceição Formiga e Lucena Filho contatassem o procurador-geral do Município, Gilson Ramalho, para levar ao prefeito a ideia e, se possível, a minuta do projeto. Depois um grupo maior procuraria manter audiência com o governador Flávio Dino para tratar desse tema.
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