"Quero ser juíza", disse Thyele Vitória Rodrigues Marinho, 19 anos, no primeiro dia de aula na faculdade de Direito, em Imperatriz. Atendida pelo programa de doenças raras do Governo do Maranhão há cerca de três anos, a estudante universitária recebe mensalmente curativos e medicamentos da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
"Eu sempre tive curiosidade pelo curso. Quando era criança, assistia aos jornais e via as reportagens que envolviam o Direito, aquilo foi determinante", disse Thyele Vitória.
"O primeiro dia [de aula] superou todas as minhas expectativas, conheci gente nova e convivi em um ambiente diferente. Logo de cara, percebi que o curso será bastante exigente", conta a estudante, após o primeiro dia de aula, na segunda-feira (18).
Thyele foi diagnosticada com epidermólise bolhosa (EB), doença genética rara caracterizada por grande sensibilidade da pele, pelo aparecimento de bolhas e descolamento da pele.
Em casos mais graves, as lesões se formam nas mucosas e no tubo digestivo, dificultando a alimentação, ou formam-se deformações em pés e mãos.
Com assistência em saúde especializada da rede da SES, os pacientes realizam o tratamento das lesões, recebem mensalmente curativos e medicamentos, possibilitando uma vida normal.
Para Thayse Marinho, 33 anos, irmã de Thyele, a jovem é um exemplo de força de vontade e superação.
"Desde pequena, ela sempre dizia que iria fazer Direito para se tornar uma juíza. Mesmo sabendo de todas as dificuldades que enfrentaria, ela nunca teve medo, muito pelo contrário, teve determinação e força de vontade", contou.
Thyele Vitória Marinho mudou de Amarante do Maranhão para Imperatriz.
Para a enfermeira estomaterapeuta, que realiza o acompanhamento do programa, Fernanda Priscila da Silva Lima, a nova fase da vida da Thyele Vitória demostra o avanço da assistência da gestão estadual aos pacientes deste grupo.
"Estamos no caminho correto no que se refere aos portadores da Epidermólise Bolhosa", destacou. (Secap)
Publicado em Cidade na Edição Nº 16323
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