É comum nesta época do ano diversas atividades, sobretudo aquelas ligadas a área rural, utilizarem a queimada para o preparo do terreno para iniciar uma nova plantação ou para substituição da pastagem. Porém, se não tomados os devidos cuidados, essa prática pode causar grande prejuízo, destruindo a vegetação, propriedades e matando animais. A rede elétrica também sofre danos nesse período, uma vez que as altas temperaturas das queimadas alteram as características dos componentes da rede de distribuição, além de causar falta de energia elétrica.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), este ano o Maranhão lidera ranking de queimadas com mais de nove mil focos de incêndio registrados entre janeiro e agosto. No Estado, as cidades de Mirador e Grajaú aparecem entre as cidades com mais queimadas, com respectivamente 1152 e 841 focos registrados perdendo apenas para Corumbá (MS), que registrou 2183 focos. Um dado preocupante é que 80% focos de queimada em Grajaú foram registrados apenas no mês de agosto.
Informações da coordenação do Programa de Prevenção de Incêndios do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) este ano a situação das queimadas no Estado se agravou. Em relação ao ano passado, houve um aumento de mais de 300% no número dos focos de incêndio. Sendo que o mês de setembro é considerado o mais crítico, o que pode piorar este quadro.
Nos últimos 15 dias, a Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) registrou três ocorrências de interrupção no fornecimento de energia na região de Grajaú. No último dia 14, um dos postes da linha de distribuição situada entre os municípios de Amarante e Grajaú foi danificado por uma queimada. Este acidente afetou mais de nove mil unidades consumidoras.
De janeiro a agosto deste ano foram registradas 15 interrupções motivadas por queimadas, mais do que o dobro de 2011, com seis ocorrências no mesmo período. O engenheiro e Executivo de Manutenção da CEMAR, Alexandre Camilo chama a atenção que cada um desses casos as equipe demoram em torno de 30 minutos para restabelecer a energia, o que gera desconforto para a população.
Alexandre Camilo ressalta que a Companhia realiza um trabalho educativo e de conscientização com os produtores para evitarem a prática das queimadas. O executivo orienta que “a população utilize os canais de comunicação da CEMAR, como o 116, para denunciar os focos de incêndio que possam afetar a rede elétrica e também podem comunicar o Corpo de Bombeiros para que assim possamos evitar mais prejuízos”.
Outras dicas são para evitar problemas com as queimadas: não jogue pontas de cigarro acesas às margens de rodovias ou próximo a qualquer tipo de vegetação; caso resolva acampar, apague com água as cinzas da fogueira para evitar que o vento leve as brasas para a mata; não solte balões com fogo; evite acender fogueiras na época da estiagem (maio a outubro); não coloque fogo em terrenos baldios ou lixões. (Assessoria de Imprensa da CEMAR)
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