Grajaú
Porto Franco
Coelho Neto

Os dois últimos meses registraram altos índices de queimadas no Maranhão. O Estado está em terceiro lugar no ranking de lugares com o maior foco de queimadas no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Por conta da baixa umidade do ar nesse período, as chances de incêndios triplicam, além da possibilidade de o fogo se espalhar pela vegetação, colocando em risco a saúde da população que mora próxima às áreas com focos de queimadas.
As queimadas próximas à rede oferecem riscos para o sistema elétrico e para as pessoas, uma vez que com o aumento de temperatura há uma dilatação dos cabos da rede de distribuição, diminuindo o afastamento desses cabos em relação ao solo e eventualmente levando ao seu rompimento, principalmente quando atinge árvores que tombam sobre as redes elétricas. Além disso, o fogo prejudica o tempo para a correção das redes danificadas, uma vez que as equipes de plantão só conseguem agir com segurança após a debelação do fogo.
Segundo dados da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), as regiões de Norte, Leste, Centro e Centro Sul do Estado foram as mais afetadas recentemente por focos de incêndio. As queimadas provocaram a interrupção da energia elétrica nos municípios de São Luís, Buriti Bravo, Colinas, Caxias, Mata Roma, Anapurus, Pastos Bons, Nova Iorque, Paraibano, Arari, Miranda do Norte, Itapecuru Mirim, Grajaú, Sítio Novo, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, Governador Edison Lobão e Campestre do Maranhão.
De janeiro a outubro de 2015 já foram registradas 98 ocorrências de queimadas com falta de energia, enquanto que no mesmo período de 2014 foram 25 ocorrências, um aumento de 292%. Isso acontece por vários fatores relacionados ao período de estiagem, sobretudo em função das queimadas com intervenção humana para a colheita da cana de açúcar em algumas regiões do estado, assim como para o preparo de áreas para o plantio de roças por produtores rurais. Além disso, autoridades ambientais também relatam as ações de incêndios criminosos relacionados a extração ilegal de madeira, e queimadas provocadas por fumantes que descartam as pontas de cigarros acesas às margens das estradas.
Outras situações destacadas pela Cemar foram os afundamentos de tensão (quedas bruscas de energia com restabelecimento imediato) nas linhas de transmissão de responsabilidade de Eletrobrás Eletronorte, Chesf - Companhia Hidrelétrica do São Francisco, Celeo Redes Brasil e Eate - Empresa Amazonense de Transmissão de Energia, que comprometem o fornecimento para as subestações da Cemar. Só nas últimas seis semanas já aconteceram mais de 41 ocorrências dessa natureza nas Linhas de Transmissão nos trechos: Imperatriz / Presidente Dutra (Eletronorte); Peritoró / Coelho Neto (Eletronorte); Miranda / Peritoró (Eletronorte); Miranda / Santo Antônio dos Lopes (Eletronorte); Presidente Dutra / Santo Antônio dos Lopes (Eletronorte); São Luís II / Miranda II (Eletronorte); Presidente Dutra / Boa Esperança (Chesf); Presidente Dutra/ Teresina (Chesf); Coelho Neto / Teresina (Chesf); Açailândia / Miranda (Celeo) e Açailândia / Presidente Dutra (EATE). Os efeitos dessas ocorrências foram percebidos principalmente pelos clientes atendidos em alta tensão, que ficam localizados nos distritos industriais dos municípios atingidos, inclusive na ilha de São Luís.
O diretor de distribuição da Cemar, Chrysthyan Almeida, destacou as ações da Companhia no sentido de minimizar os efeitos dessas ocorrências no sistema elétrico no Maranhão. “Estamos empenhados e em permanente contato com a direção regional da Eletrobras Eletronorte, Chesf, Celeo e EATE para que possam tratar os afundamentos de tensão nas linhas de transmissão da rede básica em algumas regiões do estado de forma preventiva. Em todas as demais ocorrências relacionadas a queimadas, registradas este ano, sobretudo nos meses de setembro e outubro, nossas equipes trabalharam intensamente, e na maioria dos casos conseguiram restabelecer o fornecimento da energia para as áreas atingidas no menor tempo possível”, concluiu o diretor.
A Cemar alerta que é preciso tomar cuidado para que esses incêndios não cheguem até a rede elétrica, pois podem causar curtos circuitos ou romper os cabos da rede de distribuição, podendo ocasionar acidentes e interromper o fornecimento de energia elétrica.

Ações preventivas

* Evite fazer queimadas, principalmente próximo das redes de energia elétrica;
* Não jogue pontas de cigarro acesas às margens de rodovias ou próximo a qualquer tipo de vegetação;
* Caso resolva acampar, apague com água as cinzas da fogueira para evitar que o vento leve as brasas para a mata;
  * Evite acender fogueiras na época da estiagem; 
   * Não coloque fogo em terrenos baldios ou lixões;
   * Agricultor: evite as queimadas no preparo da roça; e
   * Produtor rural: utilize formas alternativas de manejo de pastagens e evite as queimadas;
Pessoas que identificarem princípios de incêndio próximos das redes de energia elétrica podem ligar para o Corpo de Bombeiros por meio do telefone 193 e para a Central de Atendimento da Cemar através do 116, devendo informar o endereço com ponto de referência.
Para mais informações acesse o site ”www.cemar116.com.br ou vá a uma das agências de atendimento da Cemar. (Assessoria de Imprensa da Cemar)