Hemerson Pinto
A rodovia estadual que liga Imperatriz a Cidelândia já foi palco em 2015 de vários protestos, a maioria promovida por comunidades cobrando melhorias para a Estrada do Arroz, que agora passa pelo processo de pavimentação.
Na manhã da última terça-feira, 29, mais uma manifestação interditou durante horas a estrada na rotatória de acesso à empresa Suzano. Um grupo formado por mais de 100 trabalhadores resolveu protestar com fogo em pneus e entulhos colocados de um lado a outro da estrada. Alguns participantes do protesto optaram por fechar a linha do trem, o outro acesso à indústria.
O motivo, segundo os organizadores, foi o não recebimento de valores referentes a rescisões trabalhistas de 120 trabalhadores que foram demitidos de uma das terceirizadas que atendem ao setor de transporte de madeira.
As demissões começaram por volta do dia 12 de dezembro, quando a terceirizada encerrou contrato com a Suzano Papel e Celulose. Desde a data do encerramento, nenhum contato foi feito com os trabalhadores para tratar sobre os pagamentos, inclusive do 13º salário.
“Agindo assim, a empresa não está cumprindo com suas obrigações junto aos trabalhadores, agora demitidos”, comentou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Oliveira, enquanto se preparava para uma reunião pouco antes do meio dia, que poderia decidir os próximos rumos do caso.
Oliveira acrescentou que, além de não pagar as rescisões e décimo terceiro, a empresa vinha cometendo outras falhas com os trabalhadores. “Muitos sem carteira assinada, eles não tinham o plano de saúde, nem vale alimentação, seguro de vida, trabalhavam sem folga e sujeitos a excessos de jornada de trabalho”, afirmou.
Comentários