Hemerson Pinto
Tudo começou no início da manhã, quando um grupo de moradores e empresários do ramo madeireiro resolveu interditar a BR-222. A rodovia federal que passa pelo município de Buriticupu permite o acesso a Açailândia e, consequentemente, a Imperatriz.
O clima era tenso. Os manifestantes levaram para a rodovia, no perímetro urbano da cidade, caminhões que transportavam outros caminhões incendiados. Segundo os autores do protesto, os veículos pertencentes a empresas madeireiras foram queimados durante uma ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, na região, que realiza naquela área uma fiscalização ambiental. Um trator também foi queimado.
Com a rodovia interditada, a Polícia Rodoviária Federal foi acionada e passou a controlar a manifestação e tentar negociar a liberação do tráfego de veículos. Os manifestantes também usaram toras de madeiras e atearam fogo em pneus. Carro de som e fogos de artifícios foram usados para reforçar o protesto.
Às 17h30 de ontem, a Polícia Militar de Buriticupu confirmou a liberação parcial da BR-222, o que possibilitou a passagem de veículos de passeio e utilitários. A PRF informou que a liberação total poderia acontecer a partir das 18h, “mas se isso for acontecer, acredito que ainda demora um pouco, eles vão precisar de máquinas (pesadas) para retirar os troncos de madeira”, comentou Almeida Neto, inspetor chefe da delegacia da PRF em Imperatriz.
Durante todo o dia, a Polícia Rodoviária Federal orientou motoristas a seguirem viagem para a Região Tocantina pela BR-226, passando por Barra do Corda e Grajaú, ou mesmo pela entrada do município de Arame. Alguns manifestantes chegaram a afirmar que a interdição duraria 24 horas.
No ano de 2013 um protesto parecido aconteceu no mesmo trecho da rodovia, motivado pela presença do Ibama e do Exército na região, onde foi realizada a Operação Hileia-Pátria, que visava combater crimes ambientais.
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