Hemerson Pinto
A Tribuna Popular oferecida para o sindicato que representa os vanzeiros em Imperatriz foi proveitosa para a categoria. O presidente da entidade, Ricardo Ribeiro, iniciou o discurso que terminou em debate com a participação dos vereadores, que aprovaram a importância do tema e demostraram interesse em ver um projeto para o transporte alternativo feito por vans sendo votado e aprovado na Câmara.
O vereador Raimundo Roma foi o primeiro a pedir a palavra enquanto o representante dos motoristas de vans ainda se pronunciava. O próprio convidado cedeu o espaço ao legislador, que elogiou a postura dos vanzeiros e revelou interesse em ver o debate levado à frente.
“Da forma como vocês colocaram aqui vai garantir a melhoria do transporte em nossa cidade. Acredito que será um bem. É uma forma de deixar as riquezas do nosso município dentro do próprio município”, comentou o vereador, destacando que no momento em que uma empresa de ônibus de outra cidade é contratada para atuar em um município a maioria do lucro daquela empresa é levada para seu local de origem. “Quero dizer que a ideia não é ruim, é boa e viável e a Casa tem que discutir sobre este projeto”, acrescentou Roma.
Para este pensamento o vereador levou em consideração o que foi dito no discurso do presidente do sindicato das vans, que no projeto deles, para atuarem no transporte alternativo da cidade, em caso de aprovação, todos os veículos deveriam ser emplacados em Imperatriz e que os trabalhadores também são pessoas moradoras desta cidade.
O representante das vans, que compareceu na Câmara acompanhado por um grupo de colegas de profissão, citou no uso da tribuna cidades paraenses como Marabá e Parauapebas onde as vans estão em operação no transporte alternativo. Segundo ele, no período em que Imperatriz ficou sem os ônibus coletivos, “garantimos que os vanzeiros prestaram um bom serviço à população. Se não fosse assim, não teríamos uma boa parte da população a nosso favor”, disse Ricardo Ribeiro, arrancando aplausos de estudantes e outras pessoas que acompanhavam a sessão.
A vereadora Fátima Avelino reforçou o depoimento do vanzeiro no momento em que pediu a fala para afirmar que poucas reclamações chegaram à ‘Casa de Leis’ “durante os cinco meses que vocês (vanzeiros) estiveram fazendo o transporte na cidade, que estava sem ônibus”.
Ricardo afirmou que as vans trabalharam de forma organizada e não deixaram os passageiros mais de 20 minutos à espera do transporte.
O vereador Aurélio Gomes aproveitou para apresentar uma lista com nomes de estudantes que enviaram ao gabinete do legislador o manifesto de insatisfação com o sistema de operação da nova empresa. “Recebo informações que estudantes estão ficando de uma hora e meia a duas horas nos pontos de ônibus e em alguns casos o ônibus não aparece. Acabam indo para casa a pé. Parabenizo a categoria das vans por promover esse debate por melhorias para o transporte, principalmente para os estudantes”, disse, declarando apoio. Ele ainda citou o caso dos mototaxistas de anos anteriores, quando ninguém acreditava que pudesse dar certo.
No projeto dos vanzeiros, além de garantir o emplacamento de todos os veículos que devem operar no transporte alternativo (em caso de aprovação), está a garantia de construção de estruturas em alguns pontos de paradas para acomodar passageiros protegendo do sol e da chuva. “Nós queremos fazer tudo organizado. Basta o poder público olhar com interesse”.
Para os vereadores, a abertura para o transporte alternativo com as vans vai oportunizar posteriormente até mesmo o estudo para cobrança de valores que causem menos sufoco aos passageiros.
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