A exposição na galeria Mauro Soh da FCI

Numa parceria com a Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), o Projeto Memória, do Banco do Brasil, está expondo, até o dia 16 de dezembro, na galeria “Mauro Soh”, da FCI, João Cândido, o Almirante Negro, recordando personagens da história do Brasil. Essa é a 11ª edição do projeto, que conta ainda com a parceria da Petrobras e Associação Cultural do Arquivo Nacional (ACAN).
A exposição está dividida em 16 painéis, assim distribuídos: abertura, apresentação institucional, O marinheiro, A cidade do Rio de Janeiro, Uma herança do passado, A revolta da Chibata, A capital sob a mira dos canhões, O governo acuado, A quebra do acordo, A perseguição, A vida longe da Marinha, O adeus ao marinheiro, A revolta sob diferentes olhares, A busca pela anistias, A luta por direitos hoje e A trajetória do Almirante Negro.
A partir do 3º painel, o visitante passa a conhecer que João Cândido nasceu no ano de 1880, no Rio Grande do Sul. Filho de ex-escravos, convive, desde cedo, com a desigualdade social. Marinheiro, pobre e negro, o gaúcho João Cândido Felisberto foi um dos líderes da Revolta da Chibata. O levante dos marinheiros parou o Rio de Janeiro, capital do país, em novembro de 1910.
A história lembra que a cidade ficou sob a mira dos canhões dos mais modernos navios de guerra existentes no mundo. Os marujos reivindicavam melhoria no soldo, alimentação digna e o fim do uso da chibata nas embarcações. O governo cedeu ao pleito dos marinheiros e anistiou os revoltosos. Foi o fim das punições corporais na Marinha brasileira, mas o início de tempos difíceis para João Cândido e seus companheiros de manifestação.
Encantado com a exposição, o presidente da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), Antonio Mariano Lucena Filho, afirma que as pessoas, não apenas as que se interessam pela história, deviam visitar esta exposição da Fundação Banco do Brasil, a qual, segundo ele, está se constituindo numa verdadeira aula de história. Isso porque a proposta do projeto é resgatar, difundir e preservar a memória cultural brasileira.
De acordo com Lucena Filho, quando o prefeito Sebastião Madeira adaptou a sala principal do prédio da Fundação Cultural foi exatamente com o objetivo de propiciar a exposição de artistas de Imperatriz e região, bem como das grandes exposições, a exemplo de João Cândido, o Almirante Negro. Lucena lembrou ainda que a implantação do Paço do Zuzinha também propicia as amostras musicais que vêm ocorrendo através do projeto “6 e Meia”. (Comunicação)