No início parecia uma brincadeira. Ninguém acreditava que uma percussão iniciada por latas vazias, de tinta, doce, pneus e até tambores para armazenar óleo, pudesse durar três décadas e socializar centenas de pessoas. Lógico que ao longo dos anos os primeiros ‘instrumentos’ foram parcialmente substituídos por uma percussão profissional. Na verdade, o improviso de 1983 ainda é presente nos ensinamentos e em apresentações oficiais.
“Usamos latas de tinta, camburões de óleo, latas de doces. Passei 12 anos em um dos melhores conservatórios da Música Popular Brasileira. Peguei experiência e posso dizer que hoje sou profissional. Mas nenhum conservatório dá instrumentos. Vim com a cara e a coragem e implantei esse projeto. Muita gente achava que era macumba. Um projeto que foi criado a partir de tantas dificuldades que passei”, declara o idealizador Chico Brown.
O músico informa que no dia 19 de setembro de 1983 o projeto foi criado. Anos depois, “meus tambores me levaram à França e depois Moçambique, na África, para representar o Brasil”. Ele afirma que mais de quatro mil pessoas devem ter passado pelo Mama África. “Temos seis imperatrizenses que se encontram nos Estados Unidos, mais de 400 percussionistas e backing vocal nos estados brasileiros”.
Para comemorar os 30 anos completados na última quinta-feira, o projeto está oferecendo um churrasco acompanhado de refrigerante e pipoca, para os pais de integrantes do Mama África e seguidores do projeto. Durante a festa será lançado o novo fardamento e apresentadas duas revelações. (Hemerson Pinto)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14811
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