Geovana Carvalho

Em Imperatriz muitos são os obstáculos que atrapalham a livre passagem do pedestre pelas calçadas, no centro ou nos bairros.

As próprias calçadas dificultam a circulação de pessoas. São degraus, rampas que em nada promovem a acessibilidade, cerâmicas derrapantes, enormes desníveis entre o final de uma calçada e início de outra.

Mediante essa realidade, o Projeto Calçada Ecológica (desenvolvido por meio da Secretaria de Meio Ambiente), de autoria da professora Francelina Reis, propõe a padronização das calçadas na cidade.

A professora comenta que a ideia surgiu de uma pesquisa de graduação, na qual o foco era a arborização. “Vi como era difícil equilibrar a vegetação em calçadas desniveladas”, afirma Francelina. Com o tempo, a pesquisa ganhou um novo foco. A professora de geografia passou a estudar a falta de padronização das calçadas em Imperatriz.

O Código de Postura do Município de Imperatriz, Lei nº 850/97, capítulo IV, artigos 13, 43 e 44, diz: “A calçada ideal é bem conservada e livre de obstáculos. É de responsabilidade do proprietário ou do locatário construir e mantê-las em bom estado de conservação. Ao poder público, cabe a execução e manutenção das calçadas de orlas, praças e canteiros centrais de avenidas”.

O projeto é direcionado a quem está construindo ou reformando.

Medidas propostas pelo projeto:

Altura da calçada –
15 cm acima do nível central da rua e 5 abaixo;
Área de serviço: 90 cm para rampas, canteiros, lixeiras, etc;
largura da rampa para cadeirante: 1,20m (inclinação de 8% a 12%)
Árvore ideal: pequeno médio porte

Os interessados em conhecer o rol completo das medidas adotadas pelo município podem procurar a Secretaria de Meio Ambiente (na Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa, no Imperatriz Shopping, 2º andar, sala “Calçada Ecológica”).

A pesquisadora Francelina Reis chama a atenção para os perigos oferecidos por uma calçada construída sem critérios de segurança. “Idosos, grávidas e cadeirantes são os mais prejudicados, podem cair, tropeçar... a responsabilidade é do proprietário da calçada”.

Denúncia sobre construções irregulares podem ser encaminhadas ao projeto, em horário comercial.