Apesar de Imperatriz ter sido planejada numa área considerada plana, a cidade se destaca negativamente pela construção de suas calçadas – tanto no centro como nos bairros – completamente fora dos padrões estabelecidos pelo Código de Postura do Município. Essa realidade, entretanto, vem sendo mudada graças ao projeto Calçada Ecológica desenvolvido pela Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente – Sepluma.
De acordo com a coordenadora Francilina Reis Nunes, o projeto se originou de um trabalho científico apresentado na faculdade, o qual foi colocado em prática nos últimos três anos e vem encontrando, segundo ela, resultados altamente positivos. “Isso porque no começo sentimos muitas dificuldades, mas depois sentimos que a população está abraçando o projeto”.
A coordenadora cita alguns exemplos de calçadas que aderiram ao projeto, mudaram o aspecto físico das calçadas tornando-as acessíveis a todas as pessoas, inclusive os cadeirantes, considerados os mais prejudicados quando se diz respeito à acessibilidade. “Nós visitamos várias construções e orientamos os seus responsáveis a construírem as calçadas dentro dos padrões desejados pela Secretaria”.
Francilina Nunes exemplifica, entre elas, as calçadas do Shopping Popular, situado na confluência da Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa, com Rua Maranhão; o Colégio Dom Bosco, na Rua Pará, centro comercial da Feirinha do Bacuri, a Clínica da Pele e Sistema Mirante, estas últimas situadas na Rua Alagoas.
Segundo a coordenadora, a calçada considerada ideal é a bem conservada e livre de obstáculos. Francilina Nunes afirma que é de responsabilidade do proprietário ou do locatário construir e mantê-las em bom estado de conservação. “Ao poder público cabe a execução e manutenção das calçadas de orlas, praças e canteiros centrais de avenidas”, explica a coordenadora.
Ela observa, ainda, que as pessoas que transitam pelas ruas da cidade, inclusive no centro comercial, sofrem com a falta de acessibilidade nas calçadas. Para Francilina Nunes, a desorganização urbana dificulta ou impede o acesso das pessoas, prejudicando principalmente as pessoas especiais e as idosas. “Esse problema pode ser resolvido de maneira simples: padronizando e conservando as calçadas”, orienta.
Calçada ideal - A Sepluma orienta como calçada ideal uma altura de 15cm acima do nível central da rua; área de serviço: 90cm (para rampas, canteiros, árvores, lixeiras), área livre para o pedestre de 1,50m, espaço para rampa de 60 cm, garagem (com nível elevado), residência ou comércio (com nível elevado), largura da rampa para cadeirante, 1,20m (inclinação de 8 a 12%), rampa de rebaixamento para cadeirante: 1,20m de largura, ladrilho hidráulico ou concreto (para piso). (Comunicação)