Ciro Rodrigues e Eline Oliveira são os coordenadores do trabalho social

Em agosto do último ano, a Prefeitura de Imperatriz deu início ao Programa de Proteção a Jovens em Território de Vulnerabilidade (Protejo), desenvolvido com recursos do Ministério da Justiça e do Governo Federal. O objetivo era capacitar jovens considerados em situação de risco.
O Protejo visa promover o acesso dos jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social às políticas públicas governamentais. Seu objetivo maior é despertar o interesse desses jovens e adolescentes para a ampliação de seu leque de conhecimentos e oportunidades.
O município recebeu um grupo de jovens com formações que vai de alfabetização até a escolaridade superior. O conhecimento deste grupo é bem diversificado. A formação deles enquanto seres humanos e sua relação social que é bem diversificada. São grupos oriundos de abrigos, de casas de passagem, de Funac e de várias instituições que albergam jovens que já tiveram problemas com a família e com a comunidade.
“O grupo está aqui há 7 meses e grande parte desses jovens já conseguiu espaço na comunidade, porque aqui eles já aprenderam desde a relação social, desde a relação interpessoal com eles mesmos e com o grupo, para que eles possam conviver bem na comunidade”, afirma Eline Oliveira, coordenadora do projeto no município. Segundo ela, “nesse momento eles já estão vivenciando, tendo atitudes comportamentais melhoradas em função deste trabalho que nós estamos fazendo aqui”.
“Nós entendemos até, que em um ano você não tem condições de transformar um ser humano, mas tem condições de levar até ele um pouco mais de entusiasmo, de autoestima, de conhecimento para que ele tenha condições de enfrentar as questões sociais que ele encontra no dia a dia”, garante Eline.
Capacitação
A partir dos meses de março e abril, foi iniciado o processo direcionado para a capacitação. A formação mais específica é voltada ao conhecimento da informática, ao conhecimento da manutenção do computador, ao conhecimento do empreendimento, mostrando de modo real como estes jovens poderiam estar na comunidade com um negócio seu ou junto de uma empresa qualquer.
Algumas pessoas já optaram por fazer o seu plano de negócios. Eles querem ter direcionamento, focar algo para montar na comunidade negócios como salão de beleza, venda de confecção, venda de bijuteria, etc. Para isso, o programa deu todo respaldo na área de música, teatro, dança, etc.
“Aqui é um aprendizado que eu digo sempre que, apesar de toda uma experiência de vida, nós estamos vivendo um momento novo, tendo que colocar numa única sala, pessoas com níveis de escolaridade totalmente diversificados. Mesmo assim, juntos, eles falam uma mesma linguagem. Claro que cada um entende à altura do seu conhecimento”, explica Eline.
Por outro lado, os jovens do Protejo não se sentem em nenhum momento marginalizados por terem tido problemas sociais muito sérios e nem discriminados. Esse é o grande mote desse programa. “Alguns jovens vêm de situações difíceis de criminalidade e nem por isso somos temerosos, mas no fundo ficamos preocupados, porque ele tem família e pretende fazer família”, alerta Eline Oliveira. Nesse caso, o ensinamento do Protejo é uma orientação voltada para formar melhor o cidadão e essa formação atinge todo contexto, tanto do conhecimento quanto espiritual. (Comunicação)