Médicos, enfermeiros e farmacêuticos do Hospital Municipal de Imperatriz, Infantil e Adulto, participaram de treinamento sobre diagnóstico e tratamento de Leishmaniose Visceral (Calazar). Solicitada pelo município, a capacitação foi dada pela Secretaria de Estado da Saúde, no Centro Médico Municipal, e contou com a participação, do secretário de Saúde, Alair Firmiano; do Diretor do HMI, Alberto Gomes, e da Gestora Regional de Saúde, Iracilda Viana.
O médico Infectologista e pesquisador da Fiocruz, Jackson Maurício, e a coordenadora do Programa Estadual de Vigilância em Controle, Monique Maia, foram os palestrantes do encontro. Segundo eles, o Maranhão é o Estado com maior número de casos diagnosticados de calazar. São aproximadamente 600 casos já notificados em 2017, 88 deles, em Imperatriz.  
"Em função alta incidência e aumento da letalidade pela doença, viemos dialogar com os profissionais do hospital, principal unidade de atendimento aos pacientes com LV, para informar como está o problema, o que precisa melhorar nos diagnóstico, tratamento e sobre uso das medicações", declarou o palestrante. 
O secretário Municipal de Saúde destacou a importância de se capacitar a equipe para diagnóstico precoce. "Ter orientação de um profissional de renome internacional, especialista no assunto, auxiliará nossos médicos no combate à doença, para diminuir os índices que estão elevados. Além disso, podemos preparar, também, a rede de saúde na atenção básica para realizar diagnóstico de forma mais ágil". 
A enfermeira Rafaela Regia, elogiou a iniciativa, destacando que "atualizar os profissionais da saúde auxilia na identificação da doença de forma correta, na escolha do tratamento adequado, evitando o agravamento do caso". 
Segundo o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral é uma doença infecciosa, transmitida por inseto vetor e o cão é a principal fonte de infecção. Vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou problema de saúde pública. É uma doença sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia. Quando não tratada, pode matar em mais de 90% dos casos. (Sara Ribeiro - Ascom/PMI)