Com o objetivo de combater a hanseníase, a Prefeitura de Imperatriz, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), capacita profissionais que atuam na Atenção Primária do município. O treinamento, que teve início em 2012, realiza mais uma etapa que se encerra hoje, 07 de março, e contou com a participação de alunos e professores do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus de Imperatriz.
De acordo com a secretária de Saúde de Imperatriz, Conceição Madeira, essa iniciativa visa garantir medidas preventivas e tratamento ágil. "Por meio do Programa de Controle da Hanseníase, nesses quatro dias discutimos melhorias no atendimento e no diagnóstico precoce da doença. Nessa etapa participam 30% dos profissionais da atenção básica que ainda não receberam o treinamento".
Segundo Sônia Maria Ferreira da S. Serra, representante no Maranhão da Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos - DAHW, uma das palestrantes, é primordial a capacitação desses profissionais para o enfrentamento da situação epidemiológica de Imperatriz. "Capacitar os profissionais para desenvolver uma atenção qualificada ao portador de hanseníase é de fundamental importância, visto que de acordo com o Sistema Único de Saúde - SUS, a educação continuada é um pilar importantíssimo para que o profissional se sinta seguro no sentido de prestar uma atenção qualificada para o usuário. E Imperatriz é um dos municípios brasileiros importantes no controle da hanseníase".
Para Francisco Cutrim, coordenador do Centro de Referência Epidemiológica de Imperatriz, além da qualificação, o treinamento ajuda a implementar os serviços de saúde e tem como relevância "aumentar o nível de conhecimento dos nossos profissionais com relação à doença e, consequentemente, melhorar o diagnóstico, fazendo com que ele seja feito precocemente", argumenta o gestor.
Cutrim salienta ainda que o maior problema da hanseníase é a falta do diagnóstico precoce, "porque dessa forma a pessoa entra tardiamente no programa, com um grau de incapacidade elevado, e quanto mais cedo o diagnóstico, maior a possibilidade de se trabalhar a prevenção da incapacidade". (Maria Almeida - ASCOM)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14646
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