Raimundo Primeiro
Já pensou o que seria do mundo sem esse profissional que todos os dias levanta cedinho, durante as primeiras horas, para preparar o principal produto do nosso café da manhã: o pão?
O pão fresquinho, preparado por ele há milênios, dá energia para as primeiras atividades do ser humano. Sejam profissionais ou não.
Na quarta-feira (08/07), foi comemorado o Dia do Panificador, mais conhecido por padeiro. A data não poderia passar em branco.
O PROGRESSO homenageia os padeiros de Imperatriz e região por meio de matéria publicada na edição desta sexta-feira.
Entre outros, conversou com o empresário Domingos Coelho Borges, proprietário da Panificadora Borges, estabelecida na rua Leôncio Pires Dourado, 919, bairro Bacuri.
Huuum, que delícia! Gostoso, o pão fresquinho, acompanhado do café com leite, ou pingado, nome pelo qual é popularmente conhecida a mistura que torna a nossa primeira refeição do dia mais saborosa e forte, continua na preferência dos brasileiros. Das diversas regiões do país.
DE PADEIRO, A EMPRESÁRIO
Aos 39 anos, Domingos Borges começou cedo. Também coloca a "mão na massa", pois é padeiro profissional. No ramo há dez anos, conta que o mercado cresce e necessita cada vez mais de profissionais preparados.
Domingos Borges traça perfil promissor, observando a importância do acompanhamento da tecnologia, por intermédio de treinamentos, por exemplo. "Na minha visão, a profissão vai ficar carente, precisando de qualificação, com profissionais preparados", reforça.
"QUENTINHO", DELÍCIA!
O pãozinho quente, com café, leite e manteiga, nunca saiu de cena. Ou de moda, como destaca o vendedor Miguel Ferreira, ao revelar sua paixão pelo pãozinho francês.
"Gosto mesmo é de comer pão com manteiga, na chapa", diz o odontólogo Marcos Fernandes, que, há anos, diariamente faz isso. Algumas das vezes, acompanhado da esposa, advogada Vanusa Ferreira.
A preferência "número um" dos brasileiros, também consta do cardápio da principal refeição matinal do empresário Francisco da Silva Almeida, mais conhecido por Chico Brasil, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Imperatriz. "Indispensável, o café com leite e o pãozinho francês".
HOMENAGEM
Os panificadores e padeiros desta parte do Maranhão também acompanharam o processo de transformação que o setor passou, informando-se sobre tendências e, principalmente, participando de cursos, entre os quais oficinas sobre manipulação de alimentos, em resposta às exigências do moderno e conectado ao público consumidor, que também evoluiu, pedindo, desta forma, qualidade nos produtos fabricados pelas panificadoras de Imperatriz.
Os panificadores (empresários e colaboradores) buscaram conhecimento. Firmaram parcerias com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA).
"Apaixonado pelo que faço"
Apaixonado pelo que faz. Francisco de Araújo Lima, 28 anos, trabalha na Panificadora Borges. Entrou no ramo jovem, buscando "colocação no mercado de trabalho". Gostou e ficou.
Padeiro há 15 anos, trabalha, fazendo pães para os cafés matinais de muitas pessoas. Os esforços de Francisco valeram a pena. Sua dedicação e competência foram logo valorizadas. Hoje, conhecido entre os colegas, vislumbra futuro promissor, tendo em vista o setor crescer a passos largos também em âmbito local.
Papel social das panificadoras
O PROGRESSO ouviu, no começo da tarde desta quinta-feira, 09, o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Imperatriz (SINPANCIMP), Joanas Alves, para saber como anda o segmento em nível empresarial.
Segundo o empresário, as dificuldades são inúmeras face a recessão econômica por que passa o país, mas, principalmente, do elevado preço do trigo e do fermento, consequência dos constantes reajustes do dólar.
Empresário da panificação há 24 anos em Imperatriz, Joanas Alves é proprietário da Pão da Hora, situada na rua Ceará, e ressalta que a classe teve de mudar para acompanhar as transformações do mercado.
Joanas Alves revela Imperatriz contar, hoje, com mais de cento e quarenta panificadoras, espalhadas pelos quatro cantos da cidade, todas produzindo pães e outros produtos com qualidade.
Ele observa que as padarias também exercem papel social, com ênfase para as que funcionam nos bairros, apoiando igrejas, creches e escolas. Elas também oferecem café da manhã para moradores de rua.
Joanas Alves é diretor da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), conselheiro do Serviço Social da Indústria (SESI) e diretor para Assuntos da Indústria da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII).
Atualmente, o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Imperatriz é presidido por Antônio Alves Barbosa, proprietário da Panificadora e Conveniência Santhiago, situada na rua Simplício Moreira, 490, Bacuri. A empresa começou a funcionar em 1995, no bairro Juçara.
SOBRE A ORIGEM...
Relatos dão conta de que o pão exista há doze mil anos. O alimento do dia a dia dos brasileiros pode ter surgido na Mesopotâmia, datando, porém, de sete mil anos antes de Cristo, o primeiro pão assado em forno de barro, lá no Egito.
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