Advogado, professor mestre, blogueiro e agora oficialmente cidadão de Imperatriz. Dimas Salustiano da Silva recebeu, nessa sexta-feira (25), o Título de Cidadão Imperatrizense. Nascido em São Luís, o professor Dimas tem uma trajetória de atuação bastante dinâmica aqui na terra da segunda maior cidade do Maranhão, onde foi um dos fundadores e depois diretor geral da Unisulma e, atualmente, preside a UNIMAS – União pelo Maranhão do Sul de Cultura e Cidadania.
Na sua vida profissional, atua como advogado-sócio da Direcutus Advocacia e Consultoria, professor do curso de Direito da Ufma e vice-presidente de expansão e novos negócios da Unisulma. O professor Dimas tem cantado em crônicas as coisas da Princesa do Tocantins, que saem publicadas nos jornais e na internet. Dimas conta em entrevista um pouco da emoção de receber esse título e um pouco de sua trajetória.

Dimas, ficou surpreso com o título de Cidadão Imperatrizense?
Preliminarmente, devo palavras de agradecimento à vereadora Fátima Avelino pela iniciativa, bem como aos demais vereadores que por unanimidade aprovaram a proposição. Recebo o título de cidadão de Imperatriz com alegria e satisfação. Sinto-me honrado com a distinção pelo meu trabalho na área de educação à frente da UNISULMA, da qual sou dirigente e sócio mantenedor. Creio também que a minha luta por justiça e na defesa dos direitos humanos, quer seja como advogado ou como professor, recebe o reconhecimento do povo de Imperatriz e da Região Tocantina.

Como foi a sua chegada a Imperatriz?
Finquei os pés por aqui para, como acadêmico de Direito, assistir ao julgamento dos assassinos do Padre Josimo. Depois, colaborei como integrante do Escritório Jurídico Popular “Desacato” para uma campanha vitoriosa pela direção do Sindicato de Trabalhadores Rurais. Como um jovem professor de Direito Constitucional da UFMA, estive dando palestras e ajudando a difundir as ideias do Professor Roberto Lyra Filho, que na época chamamos de Movimento por um Direito Alternativo. Somente há pouco mais de dez anos estou aqui como empreendedor na área educacional,e, portanto, com residência na cidade.

Sabemos que você tem várias ações em Imperatriz. Pode destacar algumas das quais você mais tem orgulho?
Das atividades que a UNISULMA realiza com a comunidade, que se contabiliza às centenas, destaco o apoio ao CENAPA e o seu time de cadeirantes no basquete. Além disso, o Núcleo de Prática Jurídica da UNISULMA faz um trabalho gratuito e de acesso à Justiça que me enche de orgulho. É difícil falar do que se faz. Mas gosto bastante do projeto que desenvolvo na área jurídica que se denomina “O Direito e a Sétima Arte”, onde películas servem de pano de fundo para bons debates jurídicos.

Como é seu pensamento político?
Sou filiado ao Partido dos Trabalhadores. Acredito em Partidos Nacionais. Mas cada lugar é um lugar e tem suas especificidades. Pensar globalmente e agir localmente no momento guia minhas preocupações políticas. Por isso, agradeço a vinda para prestigiar esse ato do meu amigo, companheiro e liderança política Washington Luiz, vice-governador do Maranhão.

Você tem escrito umas crônicas sobre Imperatriz. É sua intenção publicar um livro no futuro?
Tenho. Costumo tentar entender os lugares por onde ando. E Imperatriz é um grande laboratório para os interessados por Sociologia, Antropologia e Política. É possível que em 2012 seja dado ao público uma brochura com o seguinte título: “Um Itinerário Lúdico-Cultural de Imperatriz do Maranhão”.

Qual sua definição de Imperatriz?
Um lugar no qual criaram um município, mas esqueceram de inventar uma cidade. Que reivindica diuturnamente por cidadania. Onde quase tudo é precário. Um espaço geográfico cuja identidade é a diferença. Onde o traço mais emblemático é o trabalho da sua gente. E para quem trabalha a alegria e a festa está presente em cada esquina.

Que mensagem você deixa à população de Imperatriz?
Estamos testemunhando profundas mudanças no Brasil. Existe um país diferente que vem sendo desbravado e construído com muito suor no interior, nos rincões, naqueles lugares que os fortes não temem. Aqui, nesse “Bico do Papagaio”, existe um quadrilátero de desenvolvimento econômico pujante. Estou a me referir a Imperatriz e Açailândia, no Maranhão, Araguaína, no Tocantins, e Marabá, no Pará, que crescem mais que o dobro da média nacional. Com isso, uma larga faixa da população passará a fazer parte da classe média sedenta por consumo e melhores serviços. E certamente vão exigir mais dos seus governantes não apenas políticas públicas mais condizentes, mas também administrações honestas, probas, competentes e eficientes. (Assessoria de Imprensa)